Galeria in and out

IN: O galo de Barcelos. Símbolo da portugalidade, regressou nas cores tradicionais ou em apostas mais futuristas e hoje ninguém se importa que ocupe lugar de honra na sala

Todos são unânimes: os portugueses ainda são tradicionais e conservadores, as famílias são grandes e os seus elementos apoiam-se mutuamente. Não se sabe há quanto tempo é que os senhores que fornecem estas informações não vêm a Portugal, mas já deve ser considerável.

A ideia das famílias à italiana transborda para o trabalho. Em www.quintessential.co.uk diz-se mesmo que dar emprego a pessoas conhecidas (vulgo ‘cunha’) é bem visto porque é um sinal de confiança. Aqui também se diz que os portugueses são formais e conservadores, e que ligam muito às aparência. Não só respeitamos como adoramos hierarquias, os chefes são autoritários, e há geralmente uma pessoa que acumula o poder, sem respeito pelas decisões dos outros. O mais engraçado é que depois nos ofendemos quando usam “tácticas de negócio agressivas.”

Mas se tiver negócios a tratar com um português, é aconselhável fazê-lo cara a cara: os portugueses não se dão muito bem com mailes e telefones. “Embora honestos, não dão informações a não ser que lhes peçam, principalmente se têm interesse em ficar calados” – pois… mas será que os ingleses, alemães e russos falam pelos cotovelos quando é do seu interesse ficarem calados? Mistério…

Honestos mas não tanto: “Não se espante se os seus colegas portugueses não cumprirem as promessas que lhe fizeram.” Ah, e também não se admire se não chegarem a tempo às reuniões: “Têm uma atitude relaxada em relação ao tempo e não acham cruciais os prazos e horários.” Depois espantem-se.

E saiba que no fim da refeição é de bom tom dizer: “Bon apettito.” He he. Só se estiver naquela parte de Portugal onde se fala italiano…

Simpáticos mas desorganizados

Em www.executiveplanet.com  são mais tolerantes connosco: acham que somos delicados, que não nos ofendemos facilmente, falamos inglês, e não nos preocupamos muito com pormenores (tais como chegar a horas). Mas não gostamos de mergulhar logo de cabeça nos negócios (temos isso em comum com os orientais, deve ser das viagens que fizemos ao Japão no século XVII) e portanto, para quebrar o gelo, nada melhor que uma boa conversa. “Geralmente é preciso circunlóquios para chegar ao ponto da questão”. 

Mas circunlóquios sobre quê? Bem, os portugueses gostam de humor e anedotas. Tabus: tudo o que esteja relacionado com dinheiro. É bem visto que se fale na família e principalmente em futebol: “mas não tente outros desportos. Os portugueses são uma monocultura do futebol”. Também gostamos de política “mas não tire conclusões sobre os partidos das pessoas pelos seus cargos.

Claro que nem tudo são rosas (ou cravos): também nos dizem que as reuniões são mal conduzidas, somos desorganizados, temos pouco espírito de equipa, gostamos de mandar, temos uma burocracia de bradar aos céus, nem sempre usamos ‘se faz favor’ e ‘obrigada’, ‘amanhã’ e ‘para a semana’ são termos relativos, mas (nem tudo é mau) somos flexíveis e gostamos de aprender.

Dou-lhe um beijinho ou aperto-lhe a mão?

Chegou finalmente a ocasião de estar cara a cara com um português. Como é que o cumprimenta? Na dúvida, dê-lhe um aperto de mão. “Aperta-se sempre a mão a uma pessoa, mesmo que já se tenha estado com ela anteriormente várias vezes. As mulheres costumam dar um beijinho em cada bochecha tanto a homens como a mulheres. “ Dilema: “É muito difícil, mesmo para os portugueses, saber quando se aperta a mão e quando se dá um beijinho.” Pobres estrangeiros!

Se atravessou com sucesso a parte do aperto de mão/beijinhos, aparece-lhe outro problema: saber o que chamar a alguém. “Ter curso superior autoriza a chamar Dr ou Dra, mesmo que não se seja médico, a não ser que se seja engenheiro ou arquitecto. Pode chamar ‘Senhor Apelido’, mas nunca ‘Senhor Primeiro Nome’, que é para inferiores.” Como os ingleses não usam ‘Dr’, é aconselhado ao visitante estrangeiro mencionar o curso, como quem não quer a coisa. Enfim, uma dor de cabeça.

E ainda existem vários outros tabus sociais. Não se deve: espreguiçar; comer com a mão; lamber os dedos; escrever em tinta vermelha (excepto se for professro); virar as costas a alguém

Para qualquer tidpo de relação, negócio ou amizade, vai ter de passar primeiro por longas refeições. Tudo em Portugal é decidido à mesa. Mas atenção: nada de acordar um português muito cedo. “Aqui, a ideia dos pequenos-almoços de negócios, por exemplo, é considerada absolutamente bárbara.” Os jantares são habitualmente reservados à família ou amigos, mas resta o almoço…

Bem-vinda à nossa casa

Se conseguiu ser convidada para jantar, acautele-se: vão-lhe aparecer umas ferramentas estranhas à frente. “O peixe come-se com um garfo e uma faca especiais”, avisa-se em www.ediplomat.com. Ah, e também não deve andar por aí de calças de ganga esfarrapadas, pelo menos se for jantar com um português. Os portugueses vestem-se tão formalmente que praticamente não há diferença entre estar em casa ou estar no trabalho.Mesmo que adore o bacalhau à Brás, lembre-se que é de bom tom deixar alguma comida no prato no fim da refeição (este ‘site’ nunca foi jantar com a maioria das avós portuguesas) e é bem visto trazer um presente. Dica útil: se não souber o que levar, compre um brinquedo para as crianças. Nós os portugueses somos loucos por crianças.

Se for mulher e não lhe apetecer ir a jantares de família, nem pense em abancar sozinha num bar. Em Portugal, é mal visto. E cuidado com a temível associação das esposas portuguesas: se convidar um homem para jantar, mesmo que seja seu parceiro de negócios, à cautela é melhor convidar igualmente a mulher. Também se diz que o charme dos homens portugueses não autoriza que uma mulher pague a refeição. Coitados… Há mesmo muito tempo que não vêm cá…

No entanto, avisa-se, “está autorizada a tentar”. O pior é se depois “o charme” do seu cliente não funciona e a conta lhe cai mesmo no colo…

Ah, e uma dica final, para o caso de ser um bocadinho distraída e ainda não ter reparado: “Atenção: Portugal não é Espanha, os portugueses não são espanhóis e a cultura não tem nada a ver com a espanhola.” Nunca é demais saber isto.

Tenham medo, tenham muito medo!

Se é estrangeiro e vem visitar-nos, o verdadeiro drama é este: “Cuidado: os portugueses são os piores condutores da Europa. Não são tão rápidos como os italianos, mas bastante mais incompetentes,” nota www.executiveplanet.com. Também a BBC avisa: “Tenham medo, tenham muito medo. E sejam paranóicos. É a única maneira de guiar e sobreviver em Portugal… Parece que todo o país está envolvido num jogo de cabra-cega com os pobres turistas. A única maneira de reter a sanidade é manter-se na sua mão – e esperar pelo melhor.” Talvez seja melhor começar a aprender a rezar em português…

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