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“Até 2024 podemos contar com a destruição e renovação de todas as estruturas sociais e económicas.” As palavras são do astrólogo Nuno Michaels que garante haver luz ao fundo do túnel e que isto é o melhor que nos pode acontecer.

A crise estava escrita nas estrelas?

“Há um paralelismo entre alguns ciclos planetários e acontecimentos históricos marcantes. O início desta crise corresponde à entrada de Plutão em capricórnio, em 2008. A crise imobiliária norte-americana foi o primeiro sinal. Para perceber a dimensão do que aí vem basta ver o que aconteceu no último ciclo de Plutão em capricórnio, há 250 anos: a Revolução Industrial. Na altura acabou uma forma de organização apoiada nas famílias e pequenas corporações e surgiu outra, baseada na concentração de meios de produção, que veio dar origem ao sistema atual baseado no monopólio e na competição, em que 10% da humanidade tem 90% dos recursos.”

Vai surgir outro sistema?

“O atual cumpriu o seu papel mas está esgotado, as estruturas económico-sociais obsoletas terão de ruir. De igual forma, tudo o que representa para cada um de nós uma estrutura exterior de poder, proteção e segurança, vai desaparecer. Isto passa pela noção de Estado Providência e de emprego para toda a vida. Grande parte da humanidade ainda vive nesta infantilidade de atribuir o poder pessoal a estruturas exteriores. Porta-te bem e daqui a 40 anos vais ser diretor e ter uma reforma, obedece e tens um cheque no fim do mês. Uma promessa em favor da qual as pessoas se demitem da responsabilidade pela sua própria vida. Estas formas de segurança estão em colapso. Os que se agarram a elas podem ser despedidos. Os que têm o poder em nome da ordem anterior, a pensar em se servirem e não em servirem, irão ver o poder ser-lhes retirado”.

O grande problema é ficar sem recursos de sobrevivência…

“Se a estrutura exterior colapsa, temos de criar uma estrutura interior. Não vamos poder continuar a recorrer a autoridades exteriores ou esperar por um D. Sebastião. Temos de nos salvar a nos próprios. Estar desempregados permite-nos sermos nós a definir como vamos dar emprego a quem somos, ao que queremos e nos interessa. Se não sabemos podemos descobri-lo agora. Porque se Plutão dita o fim das estruturas empregadoras, dita também o início do verdadeiro empreendedorismo que é sermos patrões de nós próprios. Isto implica ter coragem e aprendermos a ser responsáveis pela gestão genuína e criativa da própria vida. Capricórnio também nos ensina a tirar o máximo partido do mínimo de recursos, é o que se chama de mestria.”

Podemos lutar para sair da crise…

“Não podemos por a energia no que está a morrer, mais vale lutar por um mundo novo. As pessoas querem que tudo volte ao normal porque são resistentes à mudança. Estão a agarrar-se à rocha sem perceber que a rocha também está em queda. O mundo não vai acabar mas acabará esta forma de estar no mundo.”

Fala-se no regresso de um espírito mais solidário…

“Com a entrada de Neptuno em Peixes onde vai estar 16 anos, o conceito de que estamos todos ligados sobe a outro patamar. A última vez que Neptuno esteve em Peixes assistimos à abolição da escravatura e da pena de morte. Agora iremos sentir como nunca a injustiça e o sofrimento do outro. O desabar das estruturas antigas vai fazer-nos a adquirir um senso de humildade e de reconhecimento das nossas limitações, e de que algumas das nossas fantasias e projetos para o futuro se calhar não servem. Pode até trazer experiências de humilhação. Isto não é fácil de aceitar, mas também abre caminho à empatia, compaixão e solidariedade genuínas. Também vamos assistir a um alargamento de noção de família que se irá expandir, até abarcar a comunidade e todo o planeta. As iniciativas ecológicas das comunidades e cidades em transição são um exemplo”.

Neptuno parece ser o salvador.

“Neptuno dilui fronteiras e permite o propagar da compaixão mas também de coisas menos boas. Em termos físicos pode haver contaminações coletivas, epidemias como a histeria da gripe A. Em termos emocionais será mais fácil propagar o medo, o que interessa a quem está no poder já que manter o instinto de sobrevivência ativado nas pessoas as torna mais manipuláveis. Em termos mentais, pode haver ideias sedutoras a propagarem-se muito rapidamente. Em momentos de crise há sempre os que promovem o apocalipse e os que prometem a salvação. Vão aparecer muitos falsos profetas, charters de gurus no meio do nevoeiro a propor grupos para nos salvar. Muitos infelizmente à volta de princípios da ordem antiga, a prometer uma salvação vinda do exterior. Não vai ser fácil para os portugueses que vivem o mito do salvador, quer seja o D. Sebastião, a Troika ou o Ronaldo temos sempre alguém mitificado no exterior, o paraíso projetado para fora, para longe e para o futuro.”

Há muito espírito de revolta no ar… 

“Outro dos ingredientes explosivos desta transição é a entrada de Urano em carneiro a pedir um novo paradigma de individualidade e participação social. Úrano traz muita energia de afirmação, apela à revolta, exige reconhecimento. É o que diz ‘não me prendam, não me vendam banha da cobra, estão–me a ir ao subsídio, eu quero participar, eu existo, vão ter de lidar comigo!’. A manifestação dos Indignados,  12 de Março, foi no dia exato em que Urano entrou em carneiro. Idealmente o coletivo vai mobilizar-se para a construção de uma sociedade mais justa mas as massas facilmente vivem esta energia como revolta. Quem está a ser apertado vai perder a paciência, mas também vão surgir visões de um futuro novo.”

Então há esperança.

“Estes anos vão ser a história de uma humanidade explorada e oprimida a insurgir-se contra as figuras de poder que querem manter benefícios. A velha ordem vai explorar até onde puder e a revolta irá surgir. A forma mais negativa de viver isto é com violência. Há pontos críticos: a partir do final de Maio irá haver uma aceleração da crise e ao redor da terceira semana de junho, meio de setembro, quando Úrano fizer quadratura a Plutão vamos ver ser os direitos individuais em colisão com a estratégia definida pelas figuras de poder de controlo. Cabe a cada um de nós trilhar um caminho de individualização porque as massas são sempre apanhadas com as calças na mão, mas os seres conscientes podem pôr os seus recursos ao serviço do coletivo. Acredito que em 2023 teremos uma sociedade mais bonita.”

Pode aceder ao site do astrólogo Nuno Michaels aqui.

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