1 – O terceiro conjunto de fondue que lhe ofereceram. E o segundo. Pensa sempre que ele pode ficar para o enxoval da filha mais velha mas… será? Isso e o primeiro conjunto de fondue de chocolate – vamos ser honestas, são raríssimas as pessoas que o fazem.
2 – Os bibelots que nos oferecem no Natal – os ‘apanha-pó’, como também são conhecidos. Só servem para dar trabalho a limpar.
3 – Chávenas sem asa ou com amolgadelas, que guardou só para o serviço de café não ficar ‘coxo’. Até pode ferir-se nelas e estão a ocupar espaço vital no armário da loiça.
4 – Aquela pilha de jornais e revistas com anos, que guardou religiosamente para consultas futuras mas que não voltou a abrir.
5 – Metade dos frascos de vidro que guardou para o caso de precisar de um. Reciclagem com eles!
6 – Caixas de plástico sem tampa e tampas sem caixas de plástico. Fora com elas.
7 – As 20 meias orfãs de par que esperam o regresso da gémea desaparecida. Geralmente nunca aparecem e ficam a ocupar espaço válido numa gaveta já de si sobrelotada.
8 – Os cadernos antigos dos seus filhos e os livros que já não podem passar para o irmão mais novo. Devem ser doados a instituições, à Bolsa de Livros Escolares que muitas empresas, escolas e Câmaras Municipais têm. Só ocupam espaço válido no armário ou no sótão – que é geralmente o destino final deles.
9 – Os sacos de plástico que guardou à espera de reutilizar – não reutiliza metade e, quando dá conta, tem um monstro a viver debaixo do lava-louças ou ao canto da despensa.
10 – Sapatos velhos. Não gosta deles? Dê-os. Adorava-os mas já não estão minimamente em condições? Lixo!
11 – T-shirts do tempo em que ainda andava no liceu, desbotadas e comidas pela traça, que guarda para andar por casa, fazer limpezas ou ir correr. Ok, guarde uma ou duas. Das outras 18 não vai precisar.
12 – Todos os envelopes/post its/ papéis velhos onde assentou números de telefone e contactos para não se esquecer. Tire meia hora do seu dia para os incluir na sua agenda e livrar-se dessa tralha na secretária.
13 – Todos os recibos velhos, bilhetes de autocarro, listas de supermercado e demais papelada inútil que se acumula nos bolsos dos casacos e na carteira como uma praga.
14 – Calendários antigos. O de 2013 ainda pode estar por aí, escondido atrás da porta da cozinha.
15 – Qualquer objecto antigo que tenha concordado em tirar de casa dos seus pais, só por remorsos, até porque já nem gosta, não usa ou não tem qualquer finalidade atual para aquilo.
16 – Livros que detestou. Faça doações a amigos ou instituições ou venda-os numa feira de garagem – se não mudaram a sua vida, ainda vão a tempo de mudar a de alguém.
17 – Aquela toalha velha e rota que usa como tapete, para quando sai do banho.
18 – As resmas de canhotos de bilhetes de concertos/bilhetes de avião de viagens maravilhosas/bilhetes de cinema para ver aquele filme memorável/conta do restaurante onde ele a pediu em casamento, que guardou como tesouros numa caixa. Se calhar, já nem se lembra de ter feito metade daquelas coisas e nunca mais voltou a abrir o baú das preciosidades. Se é mesmo sentimental e se, de vez quando, abre mesmo a caixa do tesouros, o caso muda de figura. Mas, ainda assim, pode fazer uma escolha do que é importante para si, já com a distância temporal certa para ponderar no que é realmente inesquecível.
19 – Máquinhas e engenhocas que comprou a pensar que iam mudar a sua vida, poupar tempo e dinheiro, torná-la numa superchef de cozinha mas que, na verdade, nunca usou e, se usou, percebeu que não tinham utilidade real na sua vida. Sugestão: venda-os num site de artigos em segunda mão, se ainda estão funcionais, e faça algum dinheiro com elas.
20 – Brinquedos dos seus filhos, que guarda porque lhe parte o coração dar aquilo. Acabam sempre no sótão e nunca mais ninguém brinca com eles. Será melhor doá-los a uma instituição, para que ainda possam fazer alguma criança feliz.
21 – Medicamentos fora do prazo.*
22 – Cassetes de video e DVD de filmes que também não mudaram a sua vida. Troque com os amigos – o filme detestado por uns é o clássico de outros.
23 – Canetas que não escrevem. Toda a gente tem, pelo menos, duas canetas que não escrevem em casa. E há quem tenha estojos inteiros cheios dele. Ou isqueiros sem gás. São sempre as canetas que não escrevem e os isqueiros que não trabalham que aparecem primeiro, quando precisamos de um.
24 – Manuais de instruções para máquinas que já se avariaram ou que não usa.
25 – Acessórios com os quais já não se atrevia a sair à rua; pulseiras e colares velhos e sem valor real, que nunca mais usou e que só se enredam uns nos outros, dentro do guarda-jóias.
*Artigo atualizado a 14/02: O conselho não será deitar fora, como se poderia ler na versão original, mas levar os medicamentos fora de prazo, deteriorados ou que já não vão ser utilizados a uma farmácia, de modo a que possam ser encaminhados para não contaminarem o ambiente.