Quem vem ao Japão, diz que esta cidade não tem beleza suficiente para merecer uma visita do que mais de dois dias e eu concordo. A cidade é vista rapidamente. Mesmo assim, vale a pena uma visita. O Castelo de Osaka é de cortar a respiração visto de fora, é lindo e muito imponente.
Outra coisa que gostei muito em Osaka foi da zona de Dontobori Shinsaibashi, um género de “Time Square” mas com um canal a meio onde passam barcos e há pessoas a tocar nas margens.
Esta zona tem milhares de tudo: de pessoas, de lojas, de restaurantes, de casas de pincho (máquinas de jogo), e só de pensar fico tonta. É muita luz, muita cor, muito oferta e o meu coração não aguenta.
Uma coisa muito boa de se fazer depois desta loucura toda é passar pelo Utsubo Park, um jardim que parece aquelas fontes miniatura que temos em casa. Tem riachos, cascatas e até um caminho com pedrinhas que dá para fazer descalço.
Osaka visitada é tempo de seguir para Nara. A viagem é muito rápida e há até quem vá e volte no mesmo dia se estiver em Quioto. Eu decidi ficar uma noite porque me pareceu que valia a pena.
Honestamente, nem sei por onde começar! Nara é aquele sítio encantado e com uma energia especial!
O parque é lindo, cheio de templos, lagos, árvores e bambis! Sim, bambis felizes, soltos, selvagens e na vida deles. Claro que eu se fosse bambi, também queria viver ali, com comida a toda a hora e jardins que fazem inveja aos da Casa Branca!
O templo que mais gostei em Nara foi do Tōdai-Ji. O jardim deste templo abriga o maior Buddha de bronze do mundo.
Agora vem a minha parte preferida e aquela que me faz acreditar que não há coincidências e que eu tive mesmo um sexto sentido ao querer dormir uma noite em Nara.
Estava a decorrer o Nara To-Kae, um festival anual onde todos os templos e lagos do parque são iluminados por velas! Sim, isso mesmo! Imaginem tudo à luz das velas.
Os japoneses acreditam que este ritual traz boa fortuna e faz prosperar a tranquilidade e a paz no Mundo. Os japoneses vão quase todos de quimono assistir a esta celebração e os casais jovens fazem fila para conseguirem andar de barco a remos na Ukimido Venue, o lago mais romântico do parque. Claro que eu também queria andar mas a fila era tão grande que desisti. O Diogo prometeu que depois me levava ao jardim Campo Grande!
Foi das coisas mais bonitas que já vi! Uma calma interior enorme… parecia que tinha entrado num Mundo onde só ia haver paz e amor para sempre! Pareço maluquinha, eu sei, juro que não vou escrever nenhum livro de auto-ajuda, foi só a maneira de vos tentar explicar o que senti.
Foi também em Nara que aluguei uma bicicleta, saí barato e é ótimo para dar a volta ao parque. Comi pela primeira vez num ryokan, não sei o que comi mas que comi, comi! As caras do Diogo durante este almoço vão ficar para sempre na minha memória.
Agora é tempo de seguir para Quioto. Até já!
Acompanhe Ana Guiomar nesta viagem também no Facebook e no Instagram da atriz.