Investigadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriram que a solidão está intimamente ligada à rapidez com que envelhecemos. Foram analisadas 1600 pessoas com uma média de idades de 71 anos, e, enquanto os fatores saúde e estatuto socioeconómico eram variáveis, houve algo que se mostrou constante: a relação entre a solidão e as elevadas taxas de mortalidade.
Barbara Moscowitz, cuja principal função é o trabalho social junto a idosos no Massachusetts General Hospital, garante, em conversa com o The New York Times, “A necessidade que temos toda a nossa vida – pessoas que nos conhecem, que nos valorizam e nos trazem alegria -, essa nunca desaparece“.
Além desta vontade, há algo que contribui para que a convivência com as pessoas mais velhas seja uma mais-valia para ambas as partes: as respetivas habilidades relacionais. Uma pessoa idosa teve tempo, ao longo da sua vida, para aprender a minimizar, a deixar passar determinados assuntos e, sobretudo, a tolerar.
“Eles são muito tolerantes no que toca a imperfeições e idiossincrasias de amigos, mais do que jovens adultos. Trazemos muito mais experiência às nossas amizades quando somos mais velhos. Sabemos aquilo que vale ou não a pena discutir“, acrescenta Rosemary Blieszner, professora de desenvolvimento humano da Virginia Tech.
Os mais novos, ganham com a experiência, as histórias, os conselhos, enquanto os mais velhos ficam satisfeitos com a companhia, com o sentimento de utilidade, com o saber que há alguém para os ouvir e alguém com quem podem conversar. Desta relação, todos saem vitoriosos.