Muito se fala acerca da balaça que pesa os benefícios e malefícios da pílula contracetiva. E enquanto uns defendem o seu uso, outros preferem não arriscar. Desde que surgiu, muita investigação tem sido feita em torno do produto. No que toca à relação entre este e as alterações de humor, um novo estudo teve resultados surpreendentes: jovens adolescentes que tomam a pílula apresentam um maior risco de sofrer de depressão.
Um grupo de investigadores do Brigham and Women’s Hospital, da University Medical Center Groningen (UMCG) e do Leiden University Medical Center, acrescentaram esta consequência a outros riscos – desde o cancro da mama a coágulos sanguíneos – já associados ao contracetivo. Mas, atenção: apenas em adolescentes.
Ora, o estudo não mostrou uma associação significativa entre a pílula e sintomas depressivos no grupo de mulheres entre os 16 e os 25 anos de idade. Porém, apenas analisando o conjunto de raparigas com 16 anos, a história foi outra. Em comparação com as jovens que não tomavam o contracetivo, estas revelavam uma maior tendência a demonstrar sintomas severos de depressão.
Para avaliar esta “severidade”, os investigadores pediram aos inquiridos para relatarem a presença de sintomas como chorar, comer, dormir, pensamentos suicidas, auto-mutilação, sentimentos de culpa e inutilidade, energia, tristeza e falta de prazer. E as jovens de 16 anos que usavam o contracetivo mostraram ter 21% de sintomas mais severos – nomeadamente, choro, hábitos de sono e problemas alimentres -, em comparação com as que não o tomavam.