Os números associados à covid-19 estão a aumentar e a assustar cada vez mais. No combate a esta pandemia, só nos é pedida uma coisa: ficar em casa.
Uma solução tão simples, que já foi praticada no ano passado, quando tudo começou, mas que causa dores de cabeça. Muitas pessoas começaram logo a sentir a ansiedade de estar novamente entre quatro paredes, de ver planos adiados, do afastamento de quem mais gostam. Isto tudo associado ao medo que esta doença provoca.
Muito se fala sobre questões ligadas à saúde mental e como esta pode sair prejudicada na pandemia. Como tal, neste novo confinamento, tracei uma estratégia.
A par do trabalho e das tarefas domésticas, tenho ocupado o meu tempo com atividades que sei que me fazem bem, que me dão prazer. Há cinco que se destacam:
Ler
Sempre gostei de ler. Contudo, por vezes esta atividade acaba por ser relegada para um segundo (ou terceiro, ou quarto…) plano em detrimento de outras atividades ou tarefas. No início deste novo confinamento, fui dar um olho aos livros que tenho nas estantes e que ainda não foram lidos. Ao mesmo tempo, tenho estado atenta aos sites das editoras nacionais. É que, apesar das livrarias estarem fechadas e dos grandes supermercados terem sido impedidos de vender livros, é possível encomendar e receber os títulos desejados em casa.
Ver séries e filmes
Preparar pipocas (ou outro snack) e sentar à frente da televisão é um momento que, numa situação normal, já me provoca grande satisfação. Portanto, é aproveitar para o viver mais vezes nesta fase em que o importante é ficar em casa!
Tenho aproveitado para ver novos conteúdos mas também para revisitar histórias que tanto gostei. Uma ótima forma de escapar da realidade, viver aventuras, conhecer novas personagens e ver cenários maravilhosos sem ter de sair.
Exercício físico
Admito: este pode custar um pouco no início, mas depois sabe muito bem. Por estar tanto tempo em casa, comecei a sentir necessidade de mexer o corpo. Em situações normais faço caminhadas e pratico yoga, mas a primeira agora está impossibilitada. Dedico-me então à segunda.
Além disso, fiz download de aplicações que ajudam com treinos e vou intercalando a prática de yoga com exercícios mais localizados ou de cardio. Ou seja, continuo a produzir serotonina e endorfina! A sensação de prazer e bem-estar compensa o cansaço e as dores musculares.
Pintar
Esta é uma novidade para mim. No primeiro confinamento pensei em atividades que gostaria de experimentar mas que estava a adiar. Neste, estou a colocar esta em prática. Encomendei kits de pintura por números e tenho-me divertido entre tintas a criar quadros. Já vou no segundo e posso garantir que é uma atividade mais satisfatória do que inicialmente tinha imaginado. O tempo passa, sinto-me focada e relaxada e divirto-me ao assistir à evolução do processo. Uma atividade a que me dedico enquanto ouço música, logo, um verdadeiro 2 em 1!
Conversar
Tão básico e tão importante. E tão descurado quando estamos fechados em casa. Tenho procurado manter o contacto com as pessoas com que gosto mas com quem não posso estar. Para tal, um agradecimento às possibilidades que surgem graças à tecnologia. Um simples telefonema, trocas de mensagens ou videochamadas não matam por completo as saudades nem substituem o convívio físico, mas proporcionam socialização. Além disso, estes momentos tanto servem para divertir como para desabafar. Afinal, a família e os amigos estão lá, para o melhor e para o pior. E nós para eles.
Não sou especialista em saúde mental, nem a melhor pessoa para recomendar o que quer que seja. Ainda assim, acho que, nesta fase crítica que estamos a atravessar, é crucial cumprir as recomendações de saúde. Ao mesmo tempo, olharmos para nós e percebermos o que podemos fazer para encontrar um equilíbrio. Isto para sairmos desta situação bem de saúde e bem connosco próprios. Espero que encontrem o vosso método.