Todos nós temos um calcanhar de Aquiles e o meu, definitivamente, é petiscar. Por isso, foi com muito entusiasmo que recebi o convite para ir conhecer o Banzé, localizado entre o Saldanha e Picoas, que transforma pratos típicos da cozinha portuguesa (e não só) em deliciosos petiscos. Um twist que lhe confere uma identidade única.
A carta é assinada pelo chef Bruno Rodrigues, cujo currículo conta com passagens por alguns restaurantes nacionais bem conhecidos, nomeadamente o Tavares, Manifesto, Faz Gostos, Cais da Pedra, Bairro do Avillez, ŌKAH e Erva. De destacar também a experiência internacional no restaurante Le Meurice Alain Ducasse, em Paris, no verão de 2011, que na altura tinha três estrelas Michelin. Agora, comanda a cozinha do Banzé na Petiscaria.
Este conceito, aliado à criatividade do chef, promete conquistar clientes que gostam de experimentar um pouco de tudo, como é o meu caso, e despertar os sentidos dos mais curiosos, através da reinvenção (em bom) de receitas que julgávamos conhecer.
O Espaço
A entrada no restaurante faz-se pela esplanada convidativa, com capacidade para 24 lugares sentados. Uma imponente porta de vidro dá acesso ao interior, que impressiona pelo ambiente elegante e descontraído, perfeito para fazer refeições sozinho, num grupo de amigo ou de negócios a qualquer hora do dia.
Na sala, que tem lugar para 56 pessoas, os olhos fogem imediatamente para alguns apontamentos bastante instagramáveis escolhidos para a decoração. Exemplo disso são as peças e partes de veículos penduradas nas paredes; bem como as pipas de vinho colocadas num lugar inesperado, o teto, ladeadas de plantas e lâmpadas com suspensões de corda. Até a casa de banho reflete atenção aos detalhes, com desodorizantes e graxa para os sapatos à disposição dos clientes.
O ambiente é bem conseguido graças a uma fusão entre o rústico e o fabril; o tradicional e o moderno; o perfeito e o inacabado. A juntar a isto, temos a simpatia do staff, que consegue tornar o espaço ainda mais acolhedor.
A Carta
No que à carta diz respeito, os petiscos vão buscar inspiração aos clássicos do receituário português, mas são apresentados com ingredientes diferentes e inesperados. Por exemplo, o Prego do Lombo (9 euros) é servido em bolo lêvedo, com carne mertolenga certificada e maturada por 20 dias, manteiga de ervas e mostarda Dijon.
O Prego de Polvo com Legumes Avinagrados (9 euros), servido no mesmo pão, consegue o equilíbrio perfeito entre a especialidade gastronómica típica dos Açores, que é adocicada, e o tempero picante no ponto, diga-se de passagem, do prato. Nas Gambas ao Alho (8 euros), troca-se o refogado de alho e azeite pelo molho tailandês, e, no caso das Amêijoas à Bulhão Pato (12,50 euros), o molho de manteiga surpreende o paladar pela positiva.
Sair deste restaurante sem provar uma sobremesa é um autêntico pecado. Aqui, destaco o Creme Brûlée (5 euros) e o Só Chocolate (6 euros), que junta mousse de chocolate de leite, cremoso de chocolate branco e brownie de chocolate negro e nozes.
O Banzé na Petiscaria propõe (re)descobrir a gastronomia portuguesa num espaço encantador e não há como não ficarmos rendidos à experiência.
____________Informações Úteis____________
Morada: R. Tomás Ribeiro, 41, 1050-225 Lisboa
Horário: todos os dias das 12h00 às 24h00
Contactos: (+351) 213 140 134
Instagram: @banzenapetiscaria
A experiência retratada neste artigo aconteceu a convite da marca e o texto reflete a opinião pessoal dos autores.