A arquitetura e o design de interiores são duas das grandes paixões de Catarina Alves, mas foi quando decidiu criar, projetar e decorar a sua própria casa que a marca Cate nasceu. Desde então que se dedica a desenvolver habitações de raiz, a reabilitar e remodelar casas antigas e também a decorar e devolver uma nova alma a habitações já existentes. E porque neste trabalho que a completa a partilha é fundamental, Catarina Alves decidiu fazer um giveaway no seu Instagram (cate.arq), onde oferece um projeto de decoração para uma divisão à sua escolha.
Ao site da ACTIVA, Catarina aceitou o desafio de responder a algumas perguntas sobre decoração e mostrar-nos o seu olhar sobre o tema e aquilo que a diferencia.
Uma casa acolhedora tem…?
Elementos têxteis. Uma casa para ser acolhedora tem obrigatoriamente peças têxteis, sejam tapetes, cortinados, almofadas ou mantas. A conjugação destas várias texturas “veste” o espaço de forma mais acolhedora.
Peça de decoração fundamental?
Um tapete grande. Os tapetes têm a função de “ancorar” e delimitar as várias zonas da habitação, sendo fundamentais para conseguir conforto. Escolher um tapete com um acabamento e uma dimensão adequada ao espaço, pode ser a chave para uma decoração bem conseguida.
Vintage conjugado com peças modernas ou minimalismo?
A combinação entre antigo e moderno, sempre!
Cores ou branco total?
Uma paleta de cores harmoniosa onde prevaleçam os tons neutros. As cores mais fortes podem ser introduzidas em elementos de decoração que por serem mais pequenos são mais fáceis de mudar e adaptar. Se utilizarmos cores muito fortes em elementos estruturais e de maior dimensão, há o risco de ficarem datados mais depressa.
Traço ou característica da casa ideal?
Muita luz. A casa ideal é aquela que tem uma boa exposição solar, porque a luz natural é determinante para o conforto da habitação.
Para uma casa se tornar num lar precisa…?
Precisa contar as nossas histórias. Para uma casa se tornar num lar é preciso mais do que conforto. É preciso criar um contexto que distinga esse espaço de uma casa de férias, de uma casa de transição conforme a fase da vida ou até mesmo de um hotel acolhedor. Para que uma casa se torne num lar é preciso contar histórias, seja através das peças de mobília que conseguimos integrar na decoração mais contemporânea ou dos objetos que viajam de geração em geração e trazem com eles pedaços de vida.
A alma de uma casa está nos detalhes?
Claro que sim. A alma de uma casa é definida pelos pormenores e detalhes que fazem com que seja só nossa. Essa “alma” é no fundo uma extensão da nossa identidade.
Qual é o detalhe de que mais gosta na sua própria casa e do qual não abdica?
Não abdico dos detalhes que resultam da combinação entre antigo e moderno, que chega a pormenores como por exemplo uma máquina de costura antiga que foi transformada em mesa de cabeceira.
Transformar uma casa é transformar a vida de quem lá vive?
Decorar e transformar o ambiente e o espaço de alguém é um processo muito íntimo, com consequências imediatas e diretas na qualidade de vida. A casa deve ser o nosso porto de abrigo, o lugar onde passamos todos os momentos, bons e menos bons, onde carregamos energias.