
A criadora digital Ana Dominguez Lemos, do blog Cacomae, que viajou recentemente para o Sal, Cabo Verde com o marido e as três filhas, é a nossa guia turística nesta ‘viagem’.
Por quê Cabo Verde?
“Escolhemos Cabo Verde como destino de calor, porque apesar de ter as mesmas estações do ano que nós, tem sempre temperaturas amenas muito boas para para praia, água quente e fica a apenas 4 horas de avião. A diferença horária é curta – uma hora (a menos) – o que também facilita muito quando viajamos com crianças. Para Cabo verde, já não se exigem testes covid ou vacinação. Também não são necessários vistos de entrada, e o pagamento da taxa de estadia pode ser feito quando aterramos e mostramos os passaportes. Tem um custo de cerca de 25€/pessoa.”
Quando ir?
“Quem gosta de desportos de ondas, sem dúvida tem de ir nos meses de Inverno. Quem prefere pouco vento, de Junho a Outubro.”

Quanto tempo ficar?
“Uma semana para aproveitar e relaxar, para mim é o ideal.”
Comida, o que tem de experimentar…
“Pela ilha tem uma variedade enorme de restaurantes, onde o marisco e o atum são reis. Todos os dias chegam ao pontão barcos carregados de peixe fresco. Fundamental experimentar a cachupa, o queijo de cabra com doce de papaia e o cuscuz (bolo).”
A praia…
“O mar é calmo e lindo, mas com algumas ondas, o que o torna muito divertido. Água sempre acima de 20º e todas as praias de hotéis são vigiadas. Não é nada perigoso.”
O que levar na mala, além do óbvio…
“Levar livros para ler, bons protetores solares (se bem que há farmácias e supermercados), levar óculos de borracha para mergulhar, levar alguns extras – brinquedos, livros, material escolar – para deixar em associações que distribuem por quem mais precisa.”
O que ter em conta ao escolher o hotel…
“Ficamos sempre no hotel Oasis Salinas, por ficar na melhor zona da praia, junto a Santa Maria. Cabo Verde é conhecido pelo seu vento, quem viaja no Inverno tem sempre um pouco mais, mas nesta zona, muito mais abrigada, não se sente tanto e não chateia, como noutras partes da ilha onde estão mais hotéis. Para além disso, por estar perto de Santa Maria, os passeios de manhã ao pontão e ao centro são muito mais fáceis. Poder aproveitar a vida da ilha, numas férias no Sal, faz toda a diferença. Este hotel é de portugueses, o que para mim também é uma vantagem. Tem o melhor kids club da ilha e a animação ao longo de todo o dia é espectacular, para não falar dos espectáculos todas as noites.”

É uma boa ilha para quem quer descansar e para quem tem bicho carpinteiro?
“É o melhor de dois mundos. Como eles estão sempre a dizer, ‘Cabo verde no stress’, e é verdade. Podem ir e ficar os dias todos na praia e piscina, mas também há muito para explorar. Com um marido e filhas amantes de desportos de mar, nunca temos um dia igual. Surf, kite surf, windsurf, windfoil e mergulho não faltam pela ilha, com vários spots para se aventurarem. Muito fácil circular na ilha, pois as viagens de táxi são muito baratas e há sempre a possibilidade de alugar carro facilmente. O passeio pela ilha para conhecer as salinas, ver a Buracona (das coisas mais bonitas que já vi), passar pela praia dos tubarões e vê-los aos nossos pés. A praia é enorme e apesar de ter algum vento em algumas zonas, é ótima para corridas ou passeios à beira mar. Os bares são muito divertidos, e há sempre danças para quem gosta de se deitar mais tarde.”
O que ninguém lhe disse e gostaria de ter sabido antes de viajar?
“Que as noites, mesmo que os dias sejam quentes, em Fevereiro, ainda são muito frescas e uma camisola é fundamental. Levar sempre brinquedos ou outras coisas para deixar para as crianças.”
Uma boa e uma má surpresa…
“Boa surpresa: a vontade de querer repetir um destino (fomos dois anos seguidos), pelo tempo e simpatia deste povo. Pela negativa, não sabia, mas há melgas de vez em quando.”
Fotos: Instagram