Filha de pais portugueses, nasceu na Cidade do Cabo, na África do Sul, mas veio para Lisboa aos 9 anos. Formada em design gráfico, o seu percurso profissional passou pela publicidade, mas desde 2009 que se dedica exclusivamente à sua arte. Gosta especialmente do desafio de pintar grandes murais urbanos, mas são várias as suas ‘telas’, muitas resultantes de parcerias com marcas de renome, como a Louis Vuitton. Recentemente, colaborou com a Duty Free Portugal e foi visualmente responsável pela nova campanha da Tuborg China. “Sou uma pessoa ‘work in progress’, uma mulher que usa ‘armadura’ (tenho um armário cheio delas, uma para cada dia da semana) e que muitas vezes se esquece de a tirar. Sou uma artista multidisciplinar que adora explorar técnicas e superfícies diferentes. Tento ver e transmitir o lado positivo deste novo mundo que é tudo menos normal.” A imagem de marca da sua arte? “Composições ‘caoticamente organizadas’ de elementos maioritariamente monocromáticos que transmitem movimento e energia positiva – coisa que falta hoje em dia.”
Top 3 artistas favoritos
Sol LeWitt, Ettore Sottsass e Keith Haring
Parceria que a deixa orgulhosa
As minhas duas colaborações com a Louis Vuitton é algo digno de uma autopalmadinha nas costas. É uma referência gigante no mundo da moda e ajudou-me a solidificar ainda mais a minha carreira.
Como descreve as mulheres que representa no seu trabalho?
São mulheres independentes, fortes e corajosas. Gosto de pensar que são uma espécie de autorretrato.(risos)
Se pudesse escolher, em que cidade gostaria de deixar a sua marca como street artist?
Ui… tantos sítios! Mas assim um no-brainer é claro que seria na Cidade do Cabo.
O mural que mais gostou de pintar…
O passadiço de Entrecampos, em 2019. Foram 800m2 intervencionados só com padrões a preto e branco. Gostei mais de pintar este espaço porque foi uma requalificação urbana que fez diferença na vida das pessoas que atravessam aquela ponte todos os dias.
Uma mulherque a inspira…
A sul-africana Esther Mahlangu. Começou a pintar aos 10 anos e hoje continua, com 87. A sua arte faz parte da pintura tradicional da tribo Ndebele, aprendida e transmitida apenas entre mulheres e que ganhou renome internacional. Goooo Esther!
A melhor recordação da infância passada na África de Sul
Os passeios pelo paredão perto da praia em Cape Town com a minha mãe e irmã.
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