Começou ontem a nossa tão desejada
ModaLisboa! Este ano tem lugar no Mercado da Ribeira, mas o caos para estacionar continua o mesmo. O caos para estacionar, o caos para levantar o passe (eu graças a deus já tinha o meu), o caos para entrar, o caos para sentar… enfim o costume, o nervoso miudinho das fashion weeks que nos envenena de entusiasmo e nos faz ansiar sempre por mais.
Este ano não consegui levar máquina por isso as imagens não são as melhores… mas as opiniões essas são genuínas e valem o que valem…
Filipe Faísca
Abriu as hostilidades conduzindo-nos numa longa viagem de um safari até à cidade, passando dos casacos de camurça com lapelas e bolsos de chapa em pele, vestidos curtos e leves de cores vibrantes e vestidos compridos em estampados pretos e brancos.
Um desfile diverso dividido em três momentos marcantes um primeiro onde os tons de caqui a pele se fizeram sobressair por cima das meias de liga e das peças arrendadas; um segundo momento em que tomaram lugar os vestidos mais curtos e com cores mais vivas, como o verde lima e o vermelho, bem como alguns estampados de riscas; por fim, surgiram os tons neutros em estampados muito gráficos pretos e brancos nunca distribuídos de forma uniforme, mas antes concentrados propositadamente num qualquer lugar específico de forma a criar efeitos visuais interessantes.
Uma colecção demasiado diversa, onde não foi fácil apanhar o fio à meada, com três momentos tão distintos que não permitiram o contar de uma história de forma coerente e lógica. Apesar disso adorei os casacos em camurça e pele, e, em particular, um vestido encarnado ( o terceiro a aparecer) com as costas abertas e folhos).
Ricardo Preto
A passarela abriu ao som da natureza e as imagens dos pássaros que se fizeram projectar no pano de fundo transportaram-se no desfile para chapéus coloridos feitos de materiais interessantes e adaptando algumas técnicas de cestaria.
A paleta de cores escolhida foi vasta e divertida, passando dos laranjas aos azuis, sempre em combinações muito bem conseguidas. No que toca aos materiais a escolha também foi vasta desde tules bordados (insectos e passaros bordados em lantejoulas, detestei a ideia), rendas, jersey e tecidos muito brilhantes em tons de cobre.
Um desfile muito colorido com um styling fantástico e acessórios muito interessantes,. Os chapéus e os brincos estavam lindos.
Alves/Gonçalves
Vestidos com costas recortadas, casacos cortes originais, plissados sobrepostos a transparências, vestidos cheios de movimentos onde pequenos folhos faziam lembrar pequenas rosas sobre a pele, vestidos com aplicações de feltro, tops e saias em rendas largas, resultaram num desfile muito versátil.
A paleta de cores mostrou-se também bastante variada tendo os tons mais neutros como o bege e o preto, tons mais claros como o rosa claro e o amarelo, mas também cores fortes como o azul e o verde. Em termos de materiais destaque para os plissados em tecidos leves, para os brocados (rosas e prateados, não gostei nada), as transparências e para as sedas brilhantes com algum peso.
Apesar das silhuetas estarem interessantes e dos vestidos compridos serem bonitos, achei o facto de haver langerie à mostra uma ideia demasiado vista para voltar a ser usada, e não gostei de muitos dos tecidos.