Quantas de nós não procuram, a cada temporada, mais exemplares “d ´O Vestido” (ou Dos Vestidos) para juntar ao seu acervo pessoal? E quem não gostaria de poder criar uma colecção inteirinha baseada nos seus modelos preferidos? Ora, poucas mulheres percebem tanto de vestidos – e conhecem o que lhes fica bem – como Dita Von Teese. Para mim, ela é um dos ícones de estilo mais inspiradores da actualidade. Tem a figura de ampulheta perfeita, com curvas q.b, mas esguia o suficiente para um porte elegantíssimo. Está sempre em excelente forma. Orgulha-se da sua pele de porcelana (haja quem se oponha à ditadura do bronzeado e dê a conhecer os encantos da beleza clássica). Aparece invariavelmente impecável. Mantém a classe quando a sua profissão lhe dá todas as desculpas para não o fazer, o que significa que consegue um equilíbrio quase impossível. Quase casou com Marilyn Manson e quando se cansaram um do outro, lutou com ele pela custódia dos gatos (ora aí está um atestado de fofura indelével). Tira o melhor partido da sua beleza original. A Rainha do Burlesco é, acima de tudo, a prova de que uma senhora é sempre uma senhora em toda a parte.
Em parceria com a cadeia australiana David Jones, Dita lançou a colecção-cápsula Muse. Esta edição muito limitada é constituída por cinco peças (quatro vestidos e um casaco forrado a tule) e baseada nos vestidos mais icónicos do seu guarda roupa, com formatos clássicos, allure retro, materiais excelentes e atenção ao detalhe ao melhor estilo couture. O preto predomina, para que a beleza simples do modelo realce o encanto da mulher que o usa. Tenho peças semelhantes a todas estas – acho mesmo que um guarda roupa não está completo sem elas – mas nunca são demais. Vejam a colecção e digam-me se não é de uma santa cair no pecado da cobiça.
Autoria: Imperatriz Sissi