São muitos os avanços no que toca a uma perceção mais saudável da imagem corporal na indústria da moda. Um anúncio da Gucci foi proibido no Reino Unido pela entidade que regula os padrões no mercado publicitário, a ASA (Advertising Standards Authority na sigla inglesa), porque a manequim que aparece na imagem é demasiado magra.
O anúncio, publicado na edição online do jornal Times em dezembro, dizia respeito à campanha “The Cruise 2016”. A imagem que causou polémica mostrava uma manequim fotografada de perfil, encostada a uma parede.
A ASA alegou que “não havia uma proporção entre a cabeça e a parte inferior do corpo” da modelo e que observando a sua “expressão facial sombria e maquilhagem escura, particularmente nos olhos, que faz com que a sua face pareça cadavérica” o melhor seria retirar o anúncio, que foi considerado “irresponsável”.
Embora tenha retirado o anúncio, para a marca italiana Gucci as modelos cumpriam os padrões normais de beleza e não podem ser consideradas pouco saudáveis. A Gucci acrescentou ainda que as modelos são, de facto, magras, mas que não foram retratadas de forma a evidenciar qualquer magreza extrema.
A ASA aconselhou a Gucci a usar imagens mais responsáveis dos manequins em futuras campanhas publicitárias para que algo semelhante não volte a acontecer.
Este não é um caso isolado. A ASA já proibiu anúncios de outras marcas por razões semelhantes. No último ano, a marca francesa Yves Saint Laurent, foi proibida de usar uma imagem pelos mesmos motivos.