Foi a segunda vez que a jornalista e apresentadora da Sic Notícias apresentou a gala dos Prémios Activa – Mulheres Inspiradoras, na Academia das Ciências, no dia 18 de Abril e revelou que estes ocupavam um lugar muito especial na sua vida.
“No ano passado estava grávida de três meses da minha filha Júlia, e tinha sabido há muito pouco tempo que era menina”, contou Rosa de Oliveira Pinto à Activa. “Portanto estava particularmente feliz. Mas para mim apresentar os prémios Activa é sempre especial: é muito bonito, é uma cerimónia que tem um lugar especial no meu coração. Todas as cerimónias que premeiam talento são comoventes mas esta é ainda mais tocante porque destaca mulheres, nas mais diversas áreas, e por isso toca-me mais.”
Nota que todos os anos os prémios Activa – Mulheres Inspiradoras revelam mulheres interessantíssimas. “A Activa vai descobrir todo o tipo de mulheres e projetos fantásticos, e isso é absolutamente notável.”
Uma mulher inspiradora? Adivinhem lá: “A minha mãe, claro” (risos). E já agora, que tipo de mãe gostava de ser: “Uma boa mãe. Claro que muitas vezes ainda me pergunto o que é isso de ser uma boa mãe, porque desde que a Júlia nasceu tenho tido imensas dúvidas. Todas as certezas que tinha antes da maternidade se dissiparam de repente. Mas acima de tudo gostava de estar lá sempre para a minha filha, corresponder aos necessidades dela e acima de tudo responder aos desafios que me colocar, sabendo guiá-la. Acima de tudo, gostava que fosse uma boa pessoa e que fosse feliz. E fazer uma pessoa feliz parece-me a missão mais extraordinária e mais difícil que se pode ter.”
Ser mãe abriu-lhe todo um universo de sensações novas. “Descobri que uma mãe vive o tempo todo em crise existencial e cheia de dúvidas sobre tudo, cheia de culpa e cheia de medo. Muda-se muito, quando se tem o primeir filho. Por exemplo, nunca achei que fosse ser uma mãe piegas e hoje em dia sei que sou muitíssimo piegas. Há de facto um antes e um depois da maternidade. Ouvimos isto antes de sermos mães e não acreditamos, mas é verdade. E é difícil ser mãe.”
E ser mulher em Portugal, também é difícil? “Infelizmente acho que sim. É importante dizê-lo até a propósito deste prémio das Mulheres Inspiradoras. No dia em que deixar de fazer sentido haver um prémio direcionado para as mulheres, isso quererá dizer que já não existem injustiças. Gostava muito de ainda assistir a esse dia. Mas tenho muitas dúvidas.”
Os prémios Activa – Mulheres Inspiradoras são atribuídos há cinco anos e premeiam mulheres portuguesas que se tenham destacado nas áreas de Ciências, Artes, Desporto, Negócios, Solidariedade e Sustentabilidade, além de um Prémio Especial de Carreira. Os prémios são atribuídos por um júri constituído por Natalina de Almeida, Mafalda Anjos, Conceição Zagalo, Maria de Belém Roseira e Luís Marques Mendes.