E eis que 2022 chegou. Provavelmente a grande maioria de nós está a perguntar “onde é que ficou 2021?” Eu sou uma dessas pessoas. Custou, mas passou num abrir e fechar de olhos… Tenho ouvido ultimamente esta frase de inúmeras pessoas.
Em 2021 enfrentámos o medo do invisível, a incerteza do futuro, a mudança obrigatória de hábitos. O que antigamente era base para um filme de ficção científica agora tornou-se na nossa realidade.rea
Ora, a verdade é que nos conseguimos adaptar à nova realidade que 2020 e 2021 nos trouxeram. Bem ou mal, aqui continuamos. E o que é que isto nos diz? Diz-nos que conseguimos lidar com os medos e com o incerto. Que (bem ou mal), conseguimos seguir em frente, porque a vida assim o obriga. Parabéns para todos nós. A mudança repentina aconteceu e conseguimos lidar com ela. Volto a repetir: bem ou mal. Mas conseguimos. Se conseguimos lidar com uma pandemia, porque não havemos de conseguir lidar com os nossos medos?
Em 2022 gostava que virássemos a página, gostava que começássemos a escrever a história de quem tem confiança suficiente para seguir em frente com os seus sonhos e ambições. Com ou sem vírus, ainda cá estamos. De que vale continuar a limitar os nossos maiores desejos relativos à construção de um futuro mais feliz? Todos merecemos ser felizes. Com ou sem certezas relativamente ao futuro. Na verdade… quem as tem?
Mais do que não ter medo de 2022 (isso, sinceramente, é uma utopia), há que continuar a seguir em frente, porque dizem, que só se vive uma vez. Quantos sonhos e projetos foram adiados nestes últimos dois anos? Se foram, estamos mais do que a tempo de os retomar, mas nunca de os abandonar. Por respeito e amor-próprio.
A vida e os resultados são de quem arrisca, de quem lida com o medo, de quem segue os seus sonhos, independentemente do contexto. E sim, o que vou escrever a seguir pode cair mal a algumas pessoas e é a mais pura das verdades: podemos não ser responsáveis pelo que nos acontece, mas somos responsáveis pela forma como reagimos ao que nos acontece.
Quando me refiro a um 2022 “sem medos”, não quero que acabemos com eles, porque existem medos que nos servem de farol. Quero que saibamos lidar com eles, que avancemos mesmo tendo consciência de que eles existem. Que tenhamos estratégias pessoais e profissionais próprias para conseguir seguir em frente. E quero também que saibamos distinguir entre o medo real e o medo inventado, que só existe na nossa mente e que só serve para nos atrasar na concretização dos nossos objetivos.
Quer seja num contexto pessoal ou profissional, aqui ficam alguns passos que podemos dar para conseguirmos lidar melhor com os nossos medos:
- Dar pequenos passos de fé, confiando nas nossas capacidades. Ter confiança no futuro e no valor que temos, como pessoas e como profissionais. Confiança e coragem andam de mãos dadas, não se esqueça desta verdade!
- Desenvolver a capacidade de parar e analisar o medo que surge numa determinada situação, e perceber até que ponto esse medo é real ou não. Para isso, traçar um plano de ação para lidar com o desafio, para assim perceber se não passa disso mesmo: de um desafio.
- No seguimento do ponto anterior, a entrada em ação é fundamental para que consigamos lidar com os medos. Só assim, na maioria das vezes, conseguimos mostrar a nós mesmos que somos capazes de lidar com eles e com a incerteza. E acima de tudo, que somos fortes o suficiente para ultrapassar os obstáculos da vida.
Espero que 2022 seja um ano de superação, de reforço, de conquistas. Acima de tudo, que sirva para recuperar o que ficou suspenso nestes últimos dois anos. Que seja diferente. E melhor!
Obrigada por estar desse lado.
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