O Ministério da Saúde já anunciou a sua intenção de limitar o tipo de alimentos a disponibilizar nas máquinas de venda automática de alimentação, presentes em hospitais, centros de saúde e outras instituições do Serviço Nacional de Saúde. E a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) apoia a medida
“Estas máquinas são por vezes a única oferta alimentar disponível aos utentes e funcionários, condicionando grandemente as escolhas, porque é habitual nestes equipamentos a presença exclusiva de alimentos com elevado conteúdo em sal, gordura e açúcar, nutrientes que em excesso são prejudiciais para a saúde, nomeadamente, para a saúde cardiovascular”, dizem os responsáveis da Fundação, em comunicado.
Assim, a FPC sugere que neste tipo de máquinas estejam incluídos alimentos que apresentem opções mais equilibradas aos utentes:
·– Sandes variadas com pães de mistura ou sementes, com fiambre, queijo ou mistas, ou com ovo cozido e que até podem incluir alface e tomate ou outro legume. Não devem ser utilizados molhos;
·– Peças de fruta inteiras – maçãs, peras, bananas, frutos vermelhos;
·– Taças com fruta pré-preparada cortada em pequenos pedaços – ananás, manga, morangos;
– Iogurtes sólidos e líquidos, magros ou meio gordos, e com baixo teor de açúcar;
– Pacotes “uni-dose” de bolachas tipo Maria ou torrada ou água e sal ou outra com baixo teor de gordura, açúcar e sal;
– Pacotes “uni-dose” de frutos secos ou sementes, sem sal – amêndoas, nozes, pevides, pistáchios;
– Copos de gelatina com vários sabores;
– Água lisa e água com gás;
– Leite simples meio gordo e magro;
– Sumos naturais ou 100%;
– Chá ou infusões de ervas ou frutos
A FPC acrescenta que seria muito importante implementar a medida em escolas, universidades e todas as empresas e instituições públicas como ministérios, Assembleia da República, tribunais, entre outras. Também no setor privado deveria haver sensibilização para a melhoria da oferta deste tipo de máquinas em todas as empresas, hospitais e espaços públicos.