Um estudo de 2021 trouxe uma descoberta bastante promissora para todas as que já sofreram perdas gestacionais. 1227 mulheres entre os 18 e os 40 anos participaram na investigação. Todas tinham em comum o facto de já terem tido um ou dois abortos e estarem a tentar engravidar novamente.
Em causa estava a toma diária de uma dose baixa de aspirina – 81 mg -, pelo menos 4 dias por semana. Em cada 100 mulheres, surgiram 8 gravidezes adicionais nas que tomaram o medicamento 5 a 7 vezes por semana. Além disso, neste grupo, verificaram-se 15 nascimentos adicionais e menos 6 abortos.
Apesar de ainda não se saber ao certo o que torna a aspirina quase milagrosa em muitos casos, o principal ivestigador do estudo, Ashley Naimi, afirma: “A aspirina é um anti-inflamatório e, num determinado subgrupo de mulheres, o aborto espontâneo pode ser o resultado de uma inflamação subjacente”.
A chave do sucesso? O cumprimento rigoroso do tratamento, desde o momento em que se começa a tentar engravidar. “O efeito benéfico da aspirina foi mais acentuado nas mulheres que começaram a toma antes da gravidez e menos nas que começaram a tomá-la após a sexta semana de gestação“, concluiu.
Consulte o estudo completo aqui.
Importa referir que, como qualquer medicamento, a aspirina tem efeitos secundários e não é adequada a todos os casos de perda gestacional. Deve sempre consultar um médico antes de iniciar o tratamento.