Foto Marcos Borga para Visão Saúde

Somos melhores pais hoje? Qual é a maior ameaça aos jovens? Porque é que há modas educativas? O neuropediatra Nuno Lobo Antunes falou-nos da sua experiência de médico, da relação com os pais, de crianças (im)perfeitas, e da forma como, apesar de tudo, é preciso ter esperança.



Quando é que soube que queria ser médico? Vem de uma família grande, não estava já farto de pessoas?
Ninguém está farto de pessoas aos dez anos. (risos) O meu pai era médico e levava-me muitas vezes a visitar o hospital. O cenário, os cheiros, aquilo era tão diferente do mundo cá fora, era uma espécie de nave espacial, e tudo aquilo me fascinava. Depois, tive uma doença grave aos 3 anos, quase morri com uma peritonite, que há 60 anos era muitas vezes fatal, e tinha uma relação muito calorosa com os meus pediatras. Representavam os adultos que se aproximavam das crianças, que as compreendiam, que cuidavam delas, e eu queria muito ser igual a eles.

Costuma dizer que entrou para medicina com uma média miserável (de 11,7) e que hoje não daria nem para ministro. O que é que faz um bom médico, se não é a média?
Também é. Conheço médicos que do ponto de vista do contacto humano não são extraordinários mas que são os médicos dos médicos, os médicos da família dos médicos, são aqueles em quem um profissional confia. Outros lados de um médico prendem-se com o julgamento e a decisão, que tem muito a ver com a experiência pessoal, com a sua cultura, com a sua coragem, com a sua personalidade. E depois há a capacidade de empatizar e de fazer um caminho com o doente. Ser médico é haver duas pessoas cujas vidas se entrelaçam e são partilhadas numa altura em que essas vidas se tocam e se influenciam. Aquele tempo com o doente, a preocupação que gera, também afeta o médico. Portanto, é uma caminhada a dois.

Os médicos têm de se proteger da empatia com o doente?
Cada um responderá por si. Há momentos em que nos protegemos mais, mas não é possível fazer uma medicina empática afastado do doente. O médico tenta sentir o que ele está a sentir. Se alguém sofre, a empatia não é dizer ‘deixa lá, isso passa’, a empatia é dizer ‘sei como deves estar aflito’. Nesse sentido, um médico não se pode proteger. A complexidade está em que, no momento das decisões, temos de saltar fora disso para que a avaliação seja racional, matemática e objetiva. Mas também temos de perceber como é que essa decisão vai ter impacto naquele doente, naquilo que é a sua vida, a sua profissão, a sua mulher, a sua família, os seus valores.

Diz no seu livro ‘Sentidos’ que um médico deve ler mais do que manuais: precisa de viajar, de conhecer o mundo, de ler romances.
Se os médicos não tiverem isso, há sempre um ângulo morto no exercício da sua profissão.

Exerceu nos Estados Unidos. Quais eram as maiores diferenças entre ser médico lá e cá?
Estive nos melhores hospitais americanos, e tomá-los como o todo é uma visão um bocado distorcida da medicina americana. É como comparar o Real Madrid com o Sacavenense. (risos) Aquilo que exige de esforço físico e mental é absolutamente brutal. Mas aquilo que se aprende com o exemplo é extraordinário.As pessoas dizem que os médicos americanos são frios. Não são. Têm um respeito enorme pela dignidade do doente. Há uns anos, em Santa Maria, uma das médicas apareceu-me com a bata suja e amarrotada. Fiz-lho notar e ela respondeu, ‘Para quem é, bacalhau basta’. Nos EUA, um diretor de hospital dizia, “Aqui há um ‘dress code’, e é muito simples: façam os vossos avós ficar orgulhosos de vocês.”

Isso é uma boa máxima de vida.
Sem dúvida. Outro aspeto é que em Portugal o ensino da medicina faz-se ao lado do médico mais experiente. Na América, está sempre alguém a espreitar por cima do ombro, mas as decisões importantes são tomadas cedíssimo. Aprendemos por nós, da mesma maneira que aos 18 anos não aprendemos a guiar só porque vamos no mesmo carro com o pai. E depois, era a intensidade do treino: nas urgências, tinha 90 doentes a meu cargo. E depois, havia a disponibilidade. Todos os meus doentes têm o meu telefone e e-mail, e eu respondo em 24 horas. E, ainda, as segundas opiniões. Lá, isso é até fomentado. Às vezes há decisões difíceis, e eu aconselho ‘vá falar com esta pessoa’ porque cada um de nós sabe melhor do que ninguém qual a melhor pessoa para aquele problema. É bom ter um parceiro. Aqui, achamos que uma segunda opinião é uma traição ao médico.

Falamos muito contra nós próprios mas somos de facto melhores pais agora do que há 50 anos, ou não?
Não tenho qualquer dúvida acerca disso. Somos melhores pais não porque sejamos melhores pessoas, mas porque somos mais educados, mais atentos, temos mais meios, menos filhos e mais instrumentos ao nosso dispor. Temos muito mais respeito pelas crianças, preocupamo-nos muito mais com o seu bem estar, principalmente quando temos uma criança que requer mais cuidados. Tendemos sempre a idealizar a criança perfeita, e quando temos um filho imperfeito parece-nos o fim do mundo.

Como é que se faz este luto?
Cada pessoa faz à sua maneira o luto da criança imaginada. Quando eu soube que ia ser pai, a minha mãe disse-me: ‘Olha, filho, nunca mais na vida terás sossego’. Que era o que a mãe dela lhe tinha dito. E tinha razão. Ser pai é nunca mais deixar de sentir angústia por tudo, pelo que correu mal, pelo dente que nasce, pela namorada que acabou o namoro, é uma peregrinação da vida de todos nós. E quando os nossos filhos não saem como os outros, como aquilo que esperávamos, os pais têm de fazer o luto da criança sonhada.

Qual é o seu papel?
O meu papel é apenas estar lá para, quando for procurado, responder com competência e humanidade, e ser, não o parceiro que se impõe, mas o parceiro que responde. Não gosto de fazer recomendações e padronizações sobre como educar. Cada família educa à sua maneira, e há mil maneiras diferentes de educar bem. Mas numa época em que se dedica tanta atenção às crianças, curiosamente nunca se culpabilizou tanto as mulheres. Temos um discurso um bocado esquizofrénico. Por um lado, dizemos-lhes que têm direito à independência e a uma carreira, e simultaneamente atira-se-lhe à cara que não tem tempo para os filhos. E a mulher sofre em estereofonia, sofre no trabalho porque devia estar em casa e sofre em casa porque devia estar no trabalho. Decidam-se. (risos)

Afirma que “as mudanças da sociedade criam problemas inesperados” aos pais e aos médicos. Dê-me outro exemplo.
Um exemplo gravíssimo é a pornografia online e a facilidade com que os jovens acedem à pornografia. Muitos adultos que cresceram sob uma moral religiosa têm muita dificuldade em falar com os filhos sobre isso. Mas mais complicado e mais interessante é a possibilidade de a pornografia ser usada de maneira pedagógica. Falar-lhes sobre coisas do tipo, aquilo são atores, os pénis muitas vezes são props, aquilo não é a realidade e não é habitual manter uma ereção durante uma hora, etc. E a partir daí se pode dar o salto para o ‘ter maneiras na cama’. Como se tem no resto da vida. Respeitar o sentimento e a liberdade do outro. Tudo isso é interessante. E, portanto, colocam-se hoje aos pais desafios completamente novos. Outro desafio é que qualquer pessoa tem no bolso das calças uma biblioteca.

É a democratização da informação?
Sim, que criou a ilusão de que houve uma democratização do conhecimento. E isso também provocou a desvalorização das elites, que é um risco enorme. As pessoas têm muito vergonha de dizer “eu sou um perito nesta área, eu sei mais do que tu sobre isso”, como se o Google fosse a mesma coisa. Mesmo para saber pesquisar eficientemente na Internet é preciso um treino de base.

Diz que há muitas vozes contra as empresas farmacêuticas mas poucas contra as medicinas alternativas. Isto acontece porquê?
Por um vício de pensamento que talvez resida no pensamento mágico. É como na astrologia. Dos comprimidos só percebem os peritos, dos produtos naturais eu também percebo. É o que se pensa. E portanto eu estou em pé de igualdade com os peritos. Ou seja, quem foi dominado durante muito tempo pela autoridade e viveu sob o seu jugo, agora recusa as autoridades e substitui-as por coisas difusas, com riscos grandes. O acesso à informação é altamente positivo, mas o desmoronar da autoridade é péssimo e creio que seria possível conciliar ambas.

Como é que isso seria possível?
Se as pessoas além de informadas forem educadas, educadas a pensar e a refletir. Porque se refletirem, percebem claramente quem sabe mais sobre o assunto.

E depois inventam-se teorias sem fundamento científico, como as ‘crianças indigo’…
Isso é cíclico: agora, a moda é as crianças–orquídea. (risos) Muito sensíveis. E estamos outra vez nisto. Até já me chegam com este ‘diagnóstico’ de outros pediatras: ‘o meu filho é uma criança-orquídea.’ Sabe que, quando estas coisas aparecem, geralmente correspondem a necessidades das pessoas. É uma forma de substituir uma valorização negativa por uma positiva.

A tribo social tende a pôr de parte as crianças que são de alguma maneira diferentes. Isso está a mudar?
Está. A aceitação da diferença está a mudar muito, em relação a todos os tipos de diferença. Você já não se lembra das conversas dos homens a caminho do futebol que havia dantes: ‘Ah, ele bate na mulher? Só bate no que é dele’. Ou expressões como ‘mariquinhas’, ou ‘não sejas cigano’. As coisas mudam lentamente, mas mudam. E é curioso que muitas das palavras consideradas insultos têm origem médica: um idiota, por exemplo, era uma criança com hipotiroidismo. Mas à medida que se tornam insultos, o corpo médico substitui-as imediatamente por outras. ‘Atraso mental’ passou a ‘debilidade mental’, ‘debilidade mental’ passou a ‘défice cognitivo’, ‘défice cognitivo’ passou a ‘perturbação do desenvolvimento intelectual’. Mas tudo isso também mostra mais tolerância, respeito e atenção. E até há pouco tempo crianças com problemas de autismo não estavam nas famílias como hoje, estavam todas em manicómios. Quem tem 20 ou 30 anos, não tem tanta ideia de como progredimos.

Quando as crianças não têm dificuldades, então os pais acham que são sobredotadas…

Hoje, acha-se que a criança é muito esperta quando sabe trabalhar com um computador e ligar um vídeo, quando essas coisas estão feitas para serem fáceis. Mais difícil é compreender uma fração. A tecnologia tem uma lógica interna, e o cérebro das crianças está feito para perceber essa lógica, ainda não está cristalizado e tem uma plasticidade incrível. Veja a facilidade com que uma criança de 3 ou 4 anos aprende línguas. Mas isso não quer dizer que as crianças sejam mais inteligentes agora. Quer apenas dizer que a tecnologia está pensada para que possa ser usada pelo mercado de massas.

Conte-me uma história…
Às vezes, quando me lembro de certas histórias, mesmo em público continuo a comover-me e as lágrimas vêm-me aos olhos. Mas vou contar-lhe uma história de esperança que teve um impacto brutal em mim, e que é simultaneamente dramática e feliz. Um casal de um país de língua oficial portuguesa trouxe-me um bebé fantástico, risonho, normalíssimo. E eu perguntei: “Mas trazem cá esta criança porquê?”, e eles responderam: “Para saber se está tudo bem, porque ele é adotado.” A mãe estava num país e o pai viajava noutro país, e no país do bebé, chamemos-lhe Emanuel, as pessoas que querem adotar não podem ver os bebés para adoção, têm um catálogo com fotografias. E como a mulher estava num país e o marido noutro, aquilo era complicado. Lá compararam notas um com o outro, e lá escolheram o menino da página 13 a contar de baixo. Então, no dia em que o foram buscar, também lá estavam outras mães que também nunca tinham visto os filhos.
Aquilo foi uma confusão, todas a correr para o berçário. “Então onde é que está o Emanuel?” e o Emanuel era um bocadinho diferente da fotografia, e eles lá pensaram que as fotografias enganam e lá o levaram. Mas a certa altura começaram mesmo a estranhar a diferença, e voltaram lá para perguntar “Este é mesmo o menino da página 13 a contar de baixo?” E a enfermeira disse “Não, esse era outro Emanuel. Esse menino estava com um problema nos olhos e levaram-no para a enfermaria. Quem vocês levaram é outra criança.” Portanto, por um golpe do destino absolutamente fortuito, uma criança que não era suposto ser adotada ganhou uma família fantástica, e o Emanuel nº2, coitado, lá ficou na enfermaria. Isto mostra como algo absolutamente fortuito pode mudar a nossa vida. Às vezes, parece que as coisas estão escritas de alguma maneira. Isto mostra como um drama para uma criança se transformou na felicidade de outra por um minúsculo engano.

Vê isso na sua vida de médico?
Constantemente. Acho que isso por um lado nos deve dar alguma humildade, e nos deve tornar tão preparados quanto possível para as mudanças da sorte.




Mini-biografia
Neuropediatra especialista em Perturbações do Desenvolvimento, Nuno Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1957. Licenciou-se em Medicina, foi membro da Comissão de Neurologia do Children Oncology Group, consultor de Neurologia Pediátrica para o Departamento de Neurologia e Pediatria do Memorial Hospital for Cancer and Allied Diseases e para o Presbyterian Hospital em Nova Iorque. Foi professor auxiliar no Weill Cornell Medical College, pertencente à Universidade de Cornell. Atalmente é director médico e coordenador das áreas de Neurodesenvolvimento e Neurologia do PIN -Progresso Infantil. Publicou os livros ‘Vida em Mim’, ‘Mal Entendidos’, ‘Sinto Muito’ e ‘Sentidos’ (com a equipa técnica do PIN). É casado com Filipa Garnel e tem duas filhas, Ana e Rosa.

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