Está grávida e sente um cansaço extremo? A sua pele está mais pálida e tem uma vontade estranha de ingerir produtos não-alimentares? Esses podem não ser sintomas normais da gravidez.
Durante uma gestação, o corpo muda para acolher um novo ser vivo e adaptar-se a um sistema que inclui mãe, bebé e placenta. O organismo transforma-se para aumentar o volume de sangue de forma assegurar as novas necessidades. Mas nem sempre este processo é bem sucedido. Estima-se que mais de 50% das mulheres sofram de anemia gestacional. Um problema que acontece quando há uma insuficiência de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina e que se traduz numa dificuldade em transportar o oxigénio para os tecidos do corpo. Na maioria dos casos, esta anemia é causada por uma deficiência de ferro.
Este é um distúrbio muito comum tendo em conta as exigências da gravidez. Durante o segundo e o terceiro trimestres assiste-se ainda a um aumento progressivo das necessidades de ferro propiciado pelo avanço da gestação.
Atenção aos sintomas
E se os primeiros sintomas podem ser facilmente atribuídos a alterações aparentemente normais da gravidez, é importante estar atenta às mudanças. A anemia pode começar por causar fadiga, fraqueza e tonturas, uma aparência pálida. As unhas começam a tornar-se fracas e há uma má resposta ao esforço. Pode sentir até vontades caricatas de ingerir produtos não-alimentares. Evoluindo para um estado mais grave, a mulher chega a desmaiar e pode ocorrer uma redução na pressão arterial.
E as consequências podem não ficar por aí. Em casos graves, a anemia aumenta o risco de parto pré-termo, de pré-eclâmpsia, e o risco de morte fetal.
A importância do rastreio
Para um diagnóstico rápido e uma prevenção eficaz, a Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal (SPOMMF) recomenda o rastreio da anemia e da deficiência de ferro na gravidez. Este rastreio traduz-se num hemograma e na determinação da ferritina antes da gravidez ou no 1º trimestre, entre as 24 e 28 semanas e no 3º trimestre. A Direção Geral de Saúde considera deficiência de ferro quando o valor de ferritina na gravidez é inferior a 70 ng/mL.
Como tratar
Felizmente, há opções de tratamento simples e com um nível de eficácia muito satisfatório. E mesmo quando não há anemia, é importante que se trate a deficiência de ferro. Um dos procedimentos mais comuns é o tratamento com ferro endovenoso. Esta é uma solução que traz melhorias rápidas e muito satisfatórias no bem-estar geral não só da grávida mas também do bebé.
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