A maioria das pessoas já não acha muita graça a Janeiro, considerado o mês mais deprimente do ano. Chegar a seguir ao mês dos presentes e das luzes e da família, ter-se geralmente menos dinheiro e estar um tempo que não ajuda, nada disto anima ninguém. Já o mês vai a meio e ainda não voltámos ao ginásio como prometemos, não ficámos mais giras nem mais solidárias como prometemos, nem nos dedicámos a nenhuma causa como prometemos, e já perdemos o ânimo para mudar de vida como também prometemos. Em resumo, nada ajuda. Também é um facto universalmente conhecido que segunda feira é o dia, digamos, menos preferido. E dentro de Janeiro, a terceira segunda feira é, digamos assim, celebrada como a Blue Monday, o Dia Mais Triste do Ano.
Ninguém precisava desta notícia, não era? Mas anime-se que não é nenhum estudo científico: nasceu como, acredite-se ou não, uma estratégia de marketing. A expressão foi usada pela primeira vez em 2005 no Reino Unido, pela Sky Travel, uma agência de viagens, que inventou o ‘dia mais deprimente do ano’ num comunicado de imprensa para… vender mais férias.
Enfim, visto por esse prisma, fazia sentido.
Mas se a Blue Monday faz sentido, há sempre forma de a celebrar. Como é que podemos celebrar? Com tudo aquilo que nos faz felizes. Dar um passeio e apanhar sol (a vitamina D combate a depressão), comer alimentos antidepressivos (que aumentam a serotonina, como pão, arroz e massa integrais, espinafre, feijão, laranja, espargos, couve de Bruxelas, maçã e chocolate amargo), estar com pessoas de quem gostamos, rir-nos com as crianças, fazer qualquer coisa criativa, namorar, ajudar alguém.
Ah, e para voltarmos ao que lhe deu origem, que tal combinar já as próximas férias?