O golfe há muito que deixou de ser um desporto de elite ou exclusivo do sexo masculino. Nós temos vindo a conquistar o green, um campo que era, até há algum tempo, domínio absoluto dos homens poderosos e ricos.
Hoje, as mulheres constituem já 15% das golfistas profissionais em todo o mundo, e a tendência é aumentar ainda mais.
Por ocasisão do 5.º Torneio Ladies Golf Cup falámos com três mulheres rendidas à modalidade. Elas garantem que os benefícios são mais que muitos e que o golfe é terreno fértil para novos conhecimentos a nível profissional e não só…
A ACTIVA apoiou o 5.º Ladies Golf Cup, que se realizou no Victoria Club de Golfe, em Vilamoura. A prova, uma das duas de qualificação para a fi nal a realizar em Novembro, em Espanha, contou com 80 participantes, todos eles do sexo feminino.
MARTA LAMPREIA, 36 ANOS, EMPRESÁRIA
NO CAMPO PARA COMBATER O STRESSE
‘É um desporto difícil de jogar, mas que dá um prazer enorme, porque é completo: no golfe temos que ter alguma boa forma física, mas, além disso, a nossa cabeça e o nosso espírito têm que estar muito concentrados, o que é um desafi o como há poucos’, explica Marta Lampreia, fundadora e administradora da Eco-Partner, empresa de consultoria de projectos ambientais. Há já alguns anos que esta empresária se rendeu aos benefícios desta actividade. Aponta como principais o contacto com a Natureza, a prática de exercício físico, o combate ao stresse e a vertente social. ‘Quando jogo ao fi m-de-semana, estou tão focada que consigo desligar-me de tudo o resto.’ Além disso, garante, tem conhecido muitas pessoas interessantes, e algumas delas tornaram-se mesmo suas amigas.
MAGDA CARRILHO, 14 ANOS, ESTUDANTE
CONCENTRAÇÃO: DO GREEN PARA A SAULA DE AULA
Uma ideia comum é que o golfe é predominantemente um desporto para pessoas idosas. Pois está enganada. Magda Carrilho é a prova de que o golfe cativa cada vez mais jovens. ‘Um dia fui com o meu pai comprar-lhe uns sapatos de golfe, e isso deu-me uma enorme vontade de experimentar jogar. Comecei a bater umas bolas e tive um professor que fi cou maravilhado comigo.’ Foi nessa altura, aos 7 anos, que Magda começou a levar o jogo mais a sério. Não parou desde então, e hoje reconhece que o golfe é útil ao ponto de a ajudar nos estudos, mais precisamente no treino da concentração: ‘Ela é tão importante no campo como nas aulas falhar num teste é o mesmo que falhar uma bola no green.’
MARGARIDA CLARO, 50 ANOS, ECONOMISTA
UM DESPORTO QUE NÃO TEM IDADE
Há quem seja cativada mais tarde pelo golfe, mas apaixonam-se de tal maneira que abandonam os outros desportos que praticavam há décadas. É o caso de Margarida Salvação Claro, economista do Gabinete de Estudos e Finanças Públicas. ‘Joguei ténis desde pequena e sempre achei que o golfe era um jogo de velhos. Até que bati uma bola num treino. Até hoje, já lá vão nove anos, nunca mais parei. Estou no campo todos os fi ns-de-semana.’
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. BELAS CLUBE DE CAMPO. Lições individuais, €48 por uma aula de 60 minutos; aulas em grupo (pacote de 4 aulas), €180 por pessoa; tel.: 21 962 66 40.
. MILLENNIUM GOLF COURSE (Vilamoura, Algarve). Lições individuais, €45 por uma aula de 60 minutos; aulas em grupo (pacote de 5 aulas), €45 por pessoa; tel.: 289 310 333.