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“O firmamento não é menos azul porque as nuvens o ocultam ou porque os cegos não o vêem.” A sabedoria deste provérbio dinamarquês é milenar, mas no século XXI, os cientistas e psicólogos estão de acordo: o optimismo é meio caminho andado para uma vida mais feliz! E sim, pode ser “aprendido” mesmo pelas mais pessimistas. No final, só tem a ganhar em qualidade de vida. E vale mesmo a pena o esforço!

Afinal, o que é o optimismo?

Podemos começar por explicar o que não é. Não é acreditar que vai casar com o George Clooney ou que lhe vai sair o euromilhões. Não é sinónimo de irrealismo ou de fuga à realidade. “É uma forma de sentir e de pensar que nos ajuda a utilizar judiciosamente as nossas próprias habilidades e os recursos do meio envolvente e a lutar contra as adversidades sem nos desmotivarmos”, explica Luís Rojas Marcos, autor do livro “A força do Optimismo” (Esfera dos Livros). No fundo, é acreditar que, apesar do mundo não estar livre de adversidades e de problemas, somos capazes de lidar com eles, graças às nossas capacidades, e de obter resultados positivos, seja em termos pessoais ou profissionais, em tempo de abundância ou de crise.

Os estudos indicam que nem o sexo, nem a idade, nem o nível sócio-cultural ou a inteligência influem nesse estado de espírito. Por um lado, é preciso contar com o factor genético, por outro, com o ambiente em que se cresceu – pais optimistas têm mais probabilidades de terem filhos optimistas – e, claro, com a personalidade. Mas mesmo quando estes factores estão contra si, só tem a ganhar se mudar de postura e deixar o pessimismo na gaveta.

Porquê ser mais positiva?

*Proporciona uma vida mais calma. ”As perspectivas optimistas facilitam a estabilidade, enquanto as posturas derrotistas fomentam os conflitos “, salienta Luís Rojas Marcos. Isto significa que se tem por hábito desconfiar do mundo e dos outros em geral, inconscientemente vai partir para as suas relações com uma postura mais defensiva aberto e pronta a encontrar defeitos. Resultado? Ataca em vez de tentar compreender, desconfia de quem se tenta aproximar, inicia uma relação a pensar desde logo que está condenada ao fracasso. E está provado que as nossas convicões têm grande tendência para se concretizarem.

* Ajuda a alcançar os nossos objectivos. Segundo o psicólogo americano Martin Seligman, os optimistas tendem a ser mais persistentes e conseguem atingir os seus objectivos apesar das dificuldades, enquanto os pessimistas tendem a desistir mais facilmente porque não têm esperança de conseguir chegar lá.

*Menos stress e doenças. Os níveis de ansiedade, bem como a ocorrência de esgotamentos e depressões, são muito mais reduzidos em pessoas que estão de bem com a vida. Alem disso, diversos estudos já provaram que os pessimistas mantém a saúde por menos tempo e morrem mais cedo do que os optimistas, isto porque o stress debilita o sistema imunitário e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

* Alcança uma vida social e emocional mais satisfatória, inclusive relações que duram mais tempo, pois não há uma cedência logo às primeiras dificuldades. Ter uma visão optimista significa maior abertura para olhar os problemas e tentar resolvê-los, em vez de pensar “não vale a pena, é um caso perdido.”

*Ser mais feliz. As pessoas optimistas apreciam muito mais a vida, porque não estão focados nos problemas, mas no lado bom da existência. Vivem e apreciam o momento presente e não se deixam levar por angústias relativas ao que sucederá no futuro. Uma promoção no emprego, por exemplo, é para ser celebrada e encarada como uma possibilidade de êxito e não para ser alvo de pensamentos do estilo “será que vou ser capaz de estar à altura das novas responsabilidades?”

Como cultivá-lo

*Não olhe para o passado com amargura: “uma visão favorável do passado aumenta a nossa auto-estima e predispõe-nos para acreditar no presente e no futuro; pelo contrario uma perspectiva negativa das nossas acções passadas pode impregnar de lamentos o nosso dia-a-dia”, salienta Luís Rojas Marcos. Por isso, valorize essencialmente as boas recordações, os êxitos e as relações gratificadoras que teve e lembre-se que as experiências do passado, mesmo as menos boas, são uma arma para enfrentar desafios futuros.

* Não se culpe constantemente: “os optimistas consideram-se mais frequentemente isentos de culpa pelos seus erros”, frisa Luís Rojas Marcos, além de saberem que, de acordo com as circunstâncias, fizeram o seu melhor. Por isso, tente aceitar e relativizar aquilo que considera fracassos pessoais.

* Evite pensar que uma desgraça vem sempre para ficar: “as pessoas optimistas, quando são atingidas por alguma adversidade, costumam pensar que é uma desventura temporária; os pessimistas tendem a pensar que os efeitos são irreversíveis e os danos permanentes”, explica Luís Rojas Marcos. Isso cria uma sensação profunda de infelicidade, quando na realidade sabemos que as situações menos boas são, por norma, transitórias.

*Aprenda a valorizar-se : quando alguma coisa boa lhe acontece, não diga que “teve sorte”. Antes aprenda a reconhecer que isso é fruto do seu mérito. Lembre-se que, como realça o psicólogo, “os pessimistas não se acham merecedores de algo positivo e por isso não valorizam as suas capacidades”.

*Adopte um estilo de pensamento positivo. Por exemplo, não veja sempre o lado mau de uma situação ou o seu eventual desfecho. Inicialmente, terá de se forçar a fazê-lo, o que lhe pode soar artificial, mas com o tempo vai mudar o seu padrão de pensamento.

*Cuidado com o anti-optimismo . O mais comum é pensar-se “se me deixo levar pelo optimismo de certeza que me desiludo”. Ser optimista não lhe tira as defesas contra eventuais desilusões, antes torna mais fácil aceitá-las.

*Não confunda com falta de sensatez “O pensamento positivo é congruente com a vontade de viver e com a capacidade de avaliar com sensatez as vantagens e desvantagens das decisões”, lembra Luís Rojas Marcos.

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