Devido a um estudo realizado no Hospital Infantil de Boston, os pesquisadores acreditam que a epidemia da obesidade pode ser impulsionada em parte pelas taxas crescentes de partos cirúrgicos.
Os pesquisadores examinaram 1.225 mães e filhos ao longo de três anos, pesando e medindo a gordura corporal dos bebés. Cerca de um em cada quatro dos partos foi por cesariana.
Depois de levarem em consideração a obesidade nas mães e outros factores, constataram que quase 16 por cento das crianças nascidas por cesariana eram obesas aos três anos de idade, enquanto esse valor era de 7,5 por cento entre as crianças que nasceram de parto natural.
O estudo, publicado na revista britânica ‘Archives of Disease in Childhood’, conclui que os recém-nascidos por cesariana não são expostos às bactérias benéficas e, portanto, os seus corpos demoram mais tempo a acumular bactérias “boas” que aumentam o metabolismo do corpo.
Deste modo, os adultos já obesos tendem a ter menos bactérias “amigáveis” no seu sistema digestivo e níveis mais elevados de “más” bactérias, isto significa que queimam menos calorias e armazenam mais nutrientes como gordura.
Os investigadores dizem que as mães devem estar cientes dos riscos potenciais à saúde dos seus bebés na escolha de um parto cirúrgico, ou seja, este deve ser realizado apenas se for absolutamente necessário.