1 – Atletas malcheirosos
Não é raro que a própria pessoa não dê por isso, mas se treina com a mesma t-shirt há uns anos, é provável que esteja a precisar de reforma… (a t-shirt, claro)
2 – Instrutores que não metem carga
Sabem aquelas aulas de RPM em que o tipo que é suposto puxar por nós finge que gira a rodinha da carga mas só finge que? E ainda acha que ninguém dá por nada? Ninguém é um super herói: mais vale porem a carga que conseguem carregar, do que fingirem que põem uma carga sobre-humana que se vê logo que não está lá, principalmente quando acabam a aula sem um pingo de suor…
3 – Material estragado
Pesos das pernas todos sujos e que não fecham, pesos das mãos rachados, trampolins que já foram usados por Afonso Henriques na conquista de Lisboa… É uma falta de consideração pelos sócios, que não pagam assim tão pouco.
4 – Nos balneários, não se respeitar um cacifo de intervalo
É raro que um ginásio esteja tão cheio que seja mesmo mesmo preciso uma pessoa espetar-se no cacifo ao lado de outro que já está ocupado… Às vezes não damos por isso, às vezes vamos diretas àquele em que costumamos ficar, às vezes é o que fica abaixo do nosso cacifo, mas não é assim tão difícil de ter em conta que não é muito agradável obrigar outra pessoa a vestir-se e despir-se coladinha a nós…
5 – Os atrasados
O drama não é serem atrasados, que é lá com eles, o mal é que, quando chegam, já não há espaço atrás, então eles avançam destemidamente e prantam-se à nossa frente com os seus 2,04m e pronto, deixamos de ver para o ‘quadro’ e passamos a aula inteira a jogar às escondidas (não que eles deem por isso).
6 – Os atletas de sofá
Estão num ginásio, mas o espírito deles ainda não abandonou o sofá. Claro que estamos num país livre, não vamos amanhã para o Afeganistão e cada um treina à velocidade que bem entender, mas se vai para uma aula para fazer as coisas ao seu ritmo e treinar como bem lhe apetece, mais vale ficar no ginásio. Se está numa aula, é para seguir o rebanho, ou perturba o ritmo dos outros. Se é para ir depressa, ponha menos carga mas vá depressa. Não tenha medo do suor e do esforço. Se não é para se esforçar, mais valia ter ido às compras… Ou passear à praia… Ah, e literalmente pela sua saúde, tente fazer os exercícios bem feitos: olhe para o professor, e, se for disléxico em espelho, olhe para o colega da frente. E esforce-se. Um homem que está no pump e põe menos peso que as meninas, é ridículo (pronto, comentário sexista do mês. Podem passar à frente). É tão mais compensador estar numa aula em que todos puxam a sério!
7 – Os que suam em bica
O problema não é suar em bica, porque geralmente quem treina a sério também sua… a sério. Mas se faz parte do honrado e esforçado grupo das ‘torneiras’, certifique-se de que as máquinas e o chão estão limpos antes de vir outro atleta escorregar na ‘piscina’.
8 – Professores que não ensinam
Supostamente, estão lá para ‘instruir’, mas a maioria não instrui nada. A aula é como se fosse o seu treino privado, e quem quiser que vá atrás. Ora um professor é para ensinar: às vezes até mete dó a quantidade de costas tortas por metro quadrado. Corrijam-nos. A gente não se ofende (quem se ofender está no sítio errado). Corrijam-nos à vontade. Chicoteiem-nos sem dó até termos costas de pau de vassoura. Obrigadinha.
9 – As olheirentas
Estão no balneário sem tirar os olhos das outras. Ou olham diretamente ou de esguelha, mas olham. Para ver se as outras têm celulite no rabo. Para ver como se vestem. Para ver como fazem o traço no olho. Para ver se está alguém a olhar para elas. Olha-se de volta e elas desviam o olhar, ofendidas. Grrrrrr! Get a life!
10 – As músicas
A gente compreende que não se possa passar os últimos hits da tabela, também compreende que gostos não se discutem e que há quem adore a Lady Gaga como há quem lhe furasse os pneus do Lamborghini, mas também não era preciso passar assim umas coisas que não só não nos inspiram como nos dão vontade de fugir da aula aos gritos.
11 – Coreografias sempre iguais
Quem só agora aterrou no ginásio ainda está a tentar aprender para que lado se vai, mas quem lá anda há dez anos já não aguenta com a lavagem ao cérebro das ‘novas’ coreografias. Fazem uma grande publicidade das ‘novas’ coreografias mas depois aquilo de novo não tem nada. Há aulas que se mantém absolutamente imutáveis há 20 anos, como os bisontes de Altamira. Senhores que tratam disso: ouçam o nosso apelo desesperado: por tudo o que é sagrado, inventem umas modalidadezitas novas, ok? Danças de salão não contam, ok? Em horários de jeito, ok? E nas velhas, façam umas coreografias verdadeiramente ‘novas’, ok? É porque senão, a malta qualquer dia avança pela receção de kalashnikov em punho e não há quem se salve. Obrigadinha.
12 – Exercícios parvos
Por favor: bolas na hidroginástica são completamente inúteis. É assim tão difícil de entender que as mulheres não têm mãos suficientemente grandes para agarrar nas bolas, ainda por cima molhadas? (ok, isto soou mesmo mal, mas vocês percebem). Também é assim tão difícil de entender que exercícios feitos fora de água não podem ser feitos ao mesmo ritmo dentro de água? Grrrrr! Ah, e exercícios aos pares também dispensamos, obrigadinha, seja qual for o tipo de aula.
13 – Os alegrinhos e motivados
A gente convence-se finalmente de que fazer exercício vai mudar toda a nossa vida, e somos recebidas com alguém que parece que bebeu vinte e quatro bebidas energéticas antes do pequeno almoço. “Olá? Bem disposta? De certeza? Cheia de motivação? Pronta para treinar? Não está um lindo dia? E já ouviu como os passarinhos cantam?” Grrr….
14 – As lebres
Vão sempre mais depressa que os outros. Na passadeira, nas bicicletas, na passadeira, andam que se desunham. Mas carga, é que não têm nenhuma…
15 – As malcriadas
E para terminar, que já estamos de saída: já repararam n a quantidade de pessoas que nos atiram com a porta na cara?