
Do alto do seu metro e meio mal medido, Helena Rubinstein foi uma mulher extraordinária, uma das primeiras self-made women do século XX, que construiu a pulso um dos maiores impérios da cosmética.
Do alto do seu metro e meio mal medido, Helena Rubinstein foi uma mulher extraordinária, uma das primeiras self-made women do século XX, que construiu a pulso um dos maiores impérios da cosmética.
Nascida em 1872 na Polónia, viu-se obrigada, pela situação financeira da família, a emigrar sozinha para a Austrália: um país agreste que, na altura, pouco mais era do que uma colónia penal britânica. Foi acolhida na quinta de um tio criador de carneiros, mas as coisas não correram bem e Helena decidiu partir para Melbourne, onde arranjou trabalho numa farmácia.
Com uma curiosidade que nunca a abandonaria até ao fim da vida, começou a estudar a farmacopeia e a fazer poções e unguentos. Para proteger a sua pele delicada do sol e do vento inclementes da região, usava um creme que tinha trazido de casa. E quando as clientes da farmácia, que admiravam a sua tez diáfana, começaram a querer usar também esse creme miraculoso, Helena agarrou a oportunidade. Comprou a fórmula e começou a produzir o creme na sua pequena cozinha, vendendo-o com o nome Valaze.
Em 1902 abriu o primeiro instituto de beleza e três anos depois chamou uma das suas irmãs para a ajudar: num ano ganharam 100 mil dólares.
Um sucesso bem fundamentado
Helena quer expandir o negócio, mas tem consciência de que lhe faltam conhecimentos científicos para o fazer com a qualidade e seriedade que deseja para os seus produtos, e regressa então à Europa para estudar com os maiores dermatologistas e biólogos, aprendendo tudo sobre a pele e como tratá-la.
Começa a expansão: a marca Helena Rubinstein, sinónimo do que de mais avançado se faz em cosmética na época, chega a Londres, Paris e Nova Iorque, para onde se muda com a família na sequência da Primeira Guerra Mundial, dirigindo o seu império com uma voz de menina e um punho de ferro.
As inovações sucedem-se, com o primeiro creme com vitaminas, a primeira máscara de pestanas em tubo aplicador (lançada em 1958), a primeira máscara de pestanas à prova de água, os primeiros cosméticos inspirados nos procedimentos da cirurgia estética.
Mesmo depois da sua morte, em 1963, aos 93 anos, a marca continuou a inovar, como atestam as suas linhas mais recentes, inspiradas em descobertas da ciência: Cellglow e Powercell Skinmunity.
Helena Rubinstein que que a sua marca durasse 300 anos. Tudo indica que o seu desejo se vai cumprir.

Helena Rubistein dizia:
“Não há mulheres feias, apenas mulheres que não se cuidam.”