Nasceu em Marrocos, mas na adolescência mudou-se para França, onde fez os seus estudos. A sua grande paixão era a matemática, mas Zineb Ben Bella acabou por descobrir a química nos laboratórios do liceu e descobriu uma outra paixão. Licenciada em Engenheira Química na École Nationale Supérieure de Chimie de Mulhouse, mais tarde fez um mestrado em Marketing e Comunicação na ESCP Business School e há cinco anos que integra a equipa da Novexpert como Scientific Communication & Brand Ambassador, depois de já ter passado por empresas de renome como a Cartier, por exemplo.
Numa passagem por Lisboa estivemos à conversa com Zineb Ben Bella, que além do trabalho de laboratório, pesquisa e desenvolvimento, é também embaixadora da marca, não só em França, mas nos 40 países onde é distribuída,
Trabalha há cinco anos para a Novexpert. Como definiria a marca numa palavra?
Diria antes duas palavras: clean e eficácia. Se tivesse de fazer um resumo sobre a marca, existem este dois aspetos que são importantes e complementares. Clean porque são produtos 100% naturais, sem ingredientes sintéticos, mas sim de produtos muito eficazes, com altos níveis de concentração e desenvolvidos por médicos, biólogos moleculares reconhecidos em dermatologia.
Há também um compromisso com o ambiente?
Exatamente. Diria que a parte clean e natural é o meio e a eficácia, a evidência. Ter produtos clean e naturais é a base da Novexpert, mas para que uma pessoa compre um produto é necessário que ela veja os resultados. Se os produtos são só orgânicos, biológicos, mas não fazem nada, não os vamos comprar. Procuramos um produto cosmético para resolver um problema, seja uma patologia, seja um problema cutâneo, etc. Essa é a verdadeira base e o meio é ter produtos de base natural.
E como acredita ser a resposta das mulheres à Novexpert?
No início, para ser completamente honesta e transparente, a grande dificuldade é fazer com que as pessoas descubram e testem os produtos porque a marca ainda não é assim tão conhecida como o são outras de grandes laboratórios que podem investir imenso dinheiro na comunicação. Infelizmente, mas felizmente para nós, todo o investimento é feito na pesquisa e desenvolvimento, ingrediente, produto… Está tudo no laboratório, muito pouco no marketing e na comunicação. Mas estamos a mudar isso, como mostra esta entrevista. Já investimos muito no laboratório, agora vamos poder comunicar melhor. Para uma cliente, experimentar um produto de uma marca que nunca ouviu falar é difícil. Por outro lado, assim que experimentam, ela torna-se leal. Isso é incrível e temos assistido a isso em todo os países onde a marca é distribuída, que são cerca de 40 no mundo inteiro. Diria que o primeiro passo é descobrir, experimentar e testar. Uma vez que é testada, é aprovada e é o passa-a-palavra.
O que diferencia a Novexpert das outras marcas?
Depende da marca mas a alta concentração de ingredientes e ver os resultados que são medidos clinicamente. Quer dizer que não são apenas autoavaliações. Normalmente, a maior parte das marcas agarra num produto, escolhe um grupo um grupo de pessoas, 20, 40, e elas vão testar o produto durante 15 dias, um, dois meses, e de seguida as pessoas respondem a um questionário. Por exemplo: ‘sente a sua pele mais lisa?’, ‘Tem menos rugas?’, ‘Acha que a pele está mais luminosa?’. A pessoa responde: ‘Sim, estou satisfeita”, e no fim, os resultados que serão comunicados é a satisfação. É importante testar o produto junto dos consumidores, mas isso não é científico. Na Novexpert, as medições que fazemos são, por exemplo: profundidades das rugas, antes e depois; tamanho e dimensão das rugas, antes e depois… E isso são números matemáticos, ou funciona ou não funciona. E estamos muito felizes por ver que conseguimos isso.
Um pormenor curioso que acho relevante é que na vossa linha de produtos, cada cor responde a um compromisso.
Absolutamente! Criámos gamas que, à cabeça, cada uma delas tem um ingrediente-chave: a gama do ácido hialurónico, a gama da vitamina C, a gama dos ómegas, do trio-zinco, por exemplo. E porquê estes ingredientes? Para já existem todos na nossa pele porque são moléculas-chave. O que faz com que quando aplicamos na pele, por exemplo, um sérum de ácido hialurónico, a pele reconhece esse ingrediente e absorve-o mais facilmente. É a biocompatibilidade. E todos esses ingredientes são também reconhecidos dermatologicamente, os médicos conhecem-nos, conhecem os efeitos, os benefícios. Em Portugal, a marca é vendida em perfumarias, mas em alguns países é exclusivamente por prescrição médica nas farmácias. A partir de um determinado nivel de concentração de ingredientes só podem ser vendidos na farmácia, por exemplo. É verdade que não somos uma marca da moda, conhecida por ter ‘o último ingrediente’. Escolhemos sempre moléculas que tem anos de investigação…
É uma questão de confiança…
Completamente! Então cada gama tem uma cor para facilitar a leitura. Por exemplo o ácido hialurónico é rosa-escuro, vitamina C é laranja e por aí fora. Este é um pormenor que as vendedoras apreciam particularmente porque é fácil de interiorizar as informações sobre cada gama.
E assim, têm gamas para as mulheres de todas as idades?
Exatamente! O objetivo é ser cada vez mais universal, todos os produtos são bons para homens mulheres, grávidas, mulheres que amamentam, pele sensível… Todos podem encontrar o seu produto. Cada gama vai satisfazer uma necessidade específica: ácido hialurónico para preencher as rugas, vitamina C para a luminosidade, o zinco para a pele acneica, borbulhas quer sejam hormonais ou inflamatórios… Cada gama responde a uma especificidade e o que é fantástico é que todas as gamas podem ser misturadas umas com as outras porque podemos ter vários problemas…
É multifuncional.
Sim! Em todo o caso são anti-idade mas depois cada gama tem a sua especificidade.
E qual é o must-have da marca?
Diria dois: ácido hialurónico e vitamina C. O ácido hialurónico porque é que o permite preencher a pele, fazer com que ela seja lisa. A pele dos bebés tem uma alta concentração de ácido hialurónico, é por isso que têm aquela pele tão macia. Infelizmente com a idade, esses níveis descem, assim como a qualidade do ácido hialurónico. E a vitamina C porque o nosso corpo não a produz e o único meio de adquiri-la é a partir do exterior. É um excelente antioxidante, anti-idade.
Como vê a mulher portuguesa?
É a segunda vez que venho a Portugal e constatei que há diferentes tipos de pele, vi muitas pessoas de pele clara, muitas de pele escura, diferentes necessidades. A mulher portuguesa gosta muito de sol e, infelizmente, tem malefícios. Mas ainda não a conheço suficientemente bem para ter uma opinião muito formada.
Como é que escolheu esta profissão?
Na base sou engenheira química especilizada em cosmetologia, mas a minha paixão era a matemática. Adoro! Mas não via um futuro apenas com a matemática. E quando tive a minha primeira experiência no laboratório na escola gostei muito e segui esse caminho. O meu primeiro estágio até foi em farmácia, mas não gostei. Na verdade, queria fomular coisas que pudesse testar logo e, em farmácia, isso não é aconselhável.
A cosmética pareceu-me um bom compromisso entre poder formular e testar. Mas a verdade é que, ao final, de tantos anos enfiada no laboratório aborreci-me, sentia falta do contacto com as pessoas. O laboratório acaba por ser um ambiente fechado, não temos a possibilidade de nos exprimir tanto e acho que isso não se coadunava com o meu caráter. Sou muito sociável, gosto de estar com pessoas e isso era algo que me frustrava um pouco, precisava de encontrar algo nesse sentido. Retomei os meus estudos, fiz um Master em Marketing e Comunicação e comecei a procurar uma atividade que conjugasse a química com a comunicação. E estou muito feliz por tê-la encontrado.
Tem algum segredo de beleza?
Uma rotina curta: menos produtos mas de melhor qualidade foi o que aprendi nestes últimos 13 anos. A pele muda, o que nos convinha há dez anos pode nao ser suficiente agora. Não tenham medo de mudar e de testar novos produtos.