Jessica Chastain aceitou ser a protagonista da revista Glamour na edição de novembro e falar abertamente sobre o mundo de Hollywood e, em específico, sobre a relutância que a indústria cinematográfica tem em eleger as mulheres para os papéis principais.
Na sua opinião, a indústria tem começar a dar mais e melhores oportunidades às atrizes, a começar por antigas celebridades, como Viola Davis – é que, de entre estas, a atriz Meryl Streep actualmente é a única a aparecer com destaque no grande ecrã. “Adoro a Meryl Streep. Ela é uma atriz incrível. Mas sinto que ela é a única no grupo de actrizes da sua idade. Gostaria de ver Jessica Lange num filme, outra vez, percebes? Ou Susan Saradon. Por que é que Viola Davis não lidera um filme? Ela é uma das melhores atrizes vivas.”
Mas Jessica Chastain vai mais longe e afirma: “E onde estão os atores e actrizes asiáticos? Não estou a dizer “Nós não queremos filmes sobre homens.” Apenas estou a dizer “Va lá, todos os homens que eu conheço adoram mulheres. Então, vamos fazer algumas histórias sobre essas mulheres. Vamos escrever alguma coisa por elas, homens – e abram espaço para algumas escritoras também”.
Um apelo que a Jessica Chastain faz à indústria cinematográfica, mas que, na sua opinião, a realizar-se, não necessita de se transformar numa situação glamorosa para as mulheres, escrevendo papéis femininos em são as heroínas imbatíveis da história. Antes pelo contrário, Jessica Chastain deseja que as personagens femininas sejam escritas conforme os contornos reais das mulheres, incluindo os seus defeitos e receios, tal como explica: “Quando aceito uma protagonista, como o papel do filme “Zero Dark Thirty”, mesmo que ela seja forte, tento introduzir na personagem algumas falhas. Penso que se fizesse uma heroína sem falhas, não estaria a representar as mulheres atuais.
Uma posição que a atriz do filme “As Serviçais” esclarece, dizendo: “Acho que é mais interessante ver uma mulher com falhas. Assim, não é posta uma expectativa irreal na sociedade e pensarão: ‘Bem, uma mulher forte também pode ser assim…’"