Michele Obama recebeu ontem, dia 3, um doutoramento honoris causa em ciências humanas pela New York City College e fez um inspirador discurso de abertura, onde falou sobre trabalho árduo, perseverança e retribuição à comunidade.
Segundo a primeira-dama, o sonho americano está vivo e de boa saúde, a América continua a progredir a largos passos para a igualdade – e a sua história de vida, diz, é um bom exemplo disso.
“Essa é uma história que testemunho todos os dias, quando acordo numa casa construída por escravos e vejo as minhas duas filhas – duas lindas raparigas negras – dirigirem-se para a escola enquanto dizem adeus ao pai delas, o Presidente dos Estados Unidos.“
Michelle Obama lembrou ainda que, provavelmente, nunca passaria pela cabeça dos fundadores da nação americana, nos finais dos séc. XVIII, que “um homem negro, filho de um queniano que veio para a América pelos mesmos motivos pelos quais muitos de vocês vieram, pudesse vir a ser presidente”, mas que todos os estudantes que ali estavam naquele dia eram fruto da visão democrática desses homens. “O legado deles também é o vosso. E a vossa herança. Não deixem que ninguém vos diga o contrário. Vocês são a prova viva de que o sonho americano perdura.”
Numa altura em que o clima político está ao rubro, nos EUA, o discurso é visto como uma resposta clara às declarações anti-imigração de Donald Trump.