Salma Hayek é conhecida por ter resposta rápida, bom humor e ser bastante espirituosa. A atriz mexicana esteve no talk show de James Corden, na CBS, e contou que, numa das suas últimas festas, aproveitou para construir uma pinhata (figura suspensa que os jogadores vendados tentam partir com um pau, de forma a libertar os doces que estão no interior; um jogo típico do México) com a imagem de Donald Trump. “Mas não estava muito bem feita, não estava suficientemente cor de laranja…”, disse com sarcasmo. “Formou-se logo uma grande fila de gente para jogar. E toda a gente ficou muito desapontada porque o primeiro jogador estava tão entusiasmado que destruiu completamente a pinhata do Trump.”
O apresentador perguntou-lhe, então, se havia alguma coisa na qual ela e Donald Trump estivessem de acordo. “Por acaso sim. No livro dele, [Trump] escreve que deu um murro ao professor de música da primeira classe, porque achava que ele não percebia nada de música. Mais à frente, reflete e diz que ainda é exatamente como esse miúdo, que não mudou. Concordo com ele… que temos um bully do primeiro ano a concorrer à presidência dos Estados Unidos!”
Num registo mais sério, a atriz desabafou: “Não entendo porque é que este bully tem de insultar todos os imigrantes. Neste país, toda a gente é imigrante! A menos que sejam descendentes de nativos americanos… ou de mexicanos dos estados da Califórnica, do Nevada, do Utah, do Texas, do Novo México…”, concluiu, referindo-se aos territórios conquistados pelos norte-americanos entre 1846 e 1848, durante a guerra mexicano-americana. “Este país foi feito por pessoas que vieram de outros lugares para criar um país baseado na igualdade. Até houve uma guerra civil porque todos os homens foram criados iguais. Por isso, Sr. Trump recomendo-lhe que leia este livro”, diz Salma, enquanto mostra o livro “U.S. History for Dummies” (ou ‘História dos Estados Unidos para Totós’). “Não me importo nada de lhe emprestar o meu exemplar.”