Evan Rachel Wood abriu-se sobre dois capítulos muito dolorosos da sua vida pessoal.
Durante uma entrevista recente concedida à ‘Rolling Stone’, a estrela de 29 anos revelou que já foi vítima de abusos “físicos, psicológicos e sexuais”, apesar de não ter entrado em grandes detalhes. Mas tudo mudou no dia a seguir às eleições de 8 de novembro nos Estados Unidos, que elegeram Donald Trump como Presidente. Rachel enviou um email ao repórter da revista no qual admite ter sido violada em duas ocasiões.
“Sim”, escreveu. “Fui violada. Por um companheiro enquanto estávamos juntos. E também numa ocasião diferente, pelo dono de um bar”, continuou. “Não acredito que vivamos num tempo em que as pessoas possam ficar caladas por mais tempo, tendo em conta o estado em que o nosso mundo está em termos de intolerância e sexismo”.
Wood acredita que a sua vulnerabilidade tinha uma correlação com a sua orientação sexual. A estrela, que começou a sentir-se atraída pelo mesmo sexo ainda na infância, assumiu-se como bissexual em 2011.
“Diziam sempre que era uma fase ou algo estúpido, ou algo que fazia por atenção”, explicou. “A bissexualidade é digna de um revirar de olhos. E não percebi quão prejudicial iss era até tentar ter relações saudáveis em adulta e aperceber-me de que ainda havia toda esta vergonha, condicionamento e estigma em torno da minha sexualidade que estava a afetar a forma como me relacionava com pessoas”, continuou. “Tiraram partido de mim porque sabiam que havia algo em mim que podiam explorar”.
O ponto de viragem para Rachel aconteceu em 2013, ano em que deu as boas-vindas ao seu filho, cujo nome nunca foi revelado, fruto do casamento já terminado com o ator britânico Jamie Bell.
“Tive o meu filho, e isso mudou tudo”, afirmou. “Tirou-me dos meus próprios problemas. Simplesmente não podia ser aquilo que não era”.