
Frazer Harrison
Foi durante o programa de Ellen DeGeneres, na passada sexta-feira, dia 11 de janeiro, que Sarah Hyland, de 28 anos, desabafou abertamente acerca da sua batalha contra a depressão, bem como contra os problemas de saúde crónicos de que sofre. Numa conversa sem tabus, disse ter considerado o suicídio.
“Estive muito, muito, muito perto. Escrevia cartas na minha cabeça aos meus entes queridos – o porquê de o ter feito, o que me levou a fazê-lo, como o facto de não ser culpa de ninguém. E não queria escrever em papel porque não queria que ninguém o encontrasse. Não queria que ninguém soubesse que eu estava tão perto de o fazer porque, caso soubessem, tentariam persuadir-me”, revelou.
Em seguida, explicou o que a levou àquele estado de desespero, “Na altura, tinha 26 anos, e depois de 26, 27 anos a estar constantemente doente, e ter dores crónicas todos os dias, sem saber quando teria um dia bom, é muito, muito difícil”.
Recorde-se que a jovem atriz sofre de displasia dos rins, que a levou a submeter-se a um transplante em 2012, com uma doação do pai, mas, em outubro de 2016, o corpo de Hyland começou a rejeitar aquele rim. Seguiram-se sessões de diálise, uma grande perda de peso, e, por fim, um novo transplante, em 2017, com um rim doado pelo irmão.Além desta condição, Sarah sofre de endometriose, hérnia abdominal e gota. Segundo contou a Ellen, já foi submetida a 16 cirurgias ao longo da vida, seis das quais no últimos dois anos.
A atriz aproveitou para agradecer à equipa da série ‘Uma Família Muito Moderna’, que acompanhou a sua batalha contra aquelas doenças ao longo das gravações, e refere que, recentemente, se apercebeu que teria de fazer algo por si mesma. “Fui eu a ‘tirar-me’ daquele estado. Tinha de fazê-lo por mim própria“, disse.
Após mostrar vontade de consultar um terapista, Hyland diz que viu uma grande mudança. “O facto de o dizer em voz alta, ajudou-me imenso porque guardei tudo para mim mesma durante meses. E dizê-lo foi uma enorme ajuda. Qualquer pessoa que tenha ansiedade ou depressão, ou mesmo pensamentos suicidas, é diferente. Por isso eu não confiaria em tudo o que estou a dizer. Estou apenas a partilhar a minha história. Mas falar em voz alta e desabafar com alguém quase que nos faz soar ridículos e coloca tudo em perspetiva”, concluiu.