Em fevereiro de 2019, a Gucci via-se envolvida numa grande polémica, graças ao lançamento de uma camisola preta de gola alta – até à zona da boca – que continha o recorte de uns lábios grossos. Foram acusados de racismo, pela semelhança da peça à blackface, prática na qual as pessoas negras eram ridicularizadas para o entretenimento dos caucasianos. Agora, surge uma nova questão.
A modelo Ayesha Tan Jones protagonizou um “protesto pacífico“, durante um desfile da marca. Tudo porque as peças que vestia, tal como as restantes modelo, eram inspiradas nos coletes-de-forças e uniformes, algo que diz ser “símbolo de uma altura cruel da medicina, quando as doenças mentais não eram entendidas, os direitos dos doentes eram-lhes retirados e eram abusados e torturados em instituições“.
De mãos levantadas, a modelo deixava ler a frase “A saúde mental não é moda“. Após as declarações de Tan Jones, a marca referiu que as peças não iriam ser comercializadas. A modelo, por sua vez, deixou o público saber que, junto com alguns colegas, planeava doar parte do pagamento pelo trabalho a algumas instituições associadas à saúde mental.
“Quero usar esta oportunidade para relembrar as pessoas que este tipo de coragem é um simples gesto comparado com a daqueles com problemas de saúde mental. Ter a coragem de sair da cama, de abraçar um novo dia e viver as suas vidas é um ato de coragem e eu quero agradecer-vos por estarem aqui e serem vocês!”, escreveu ainda, no Instagram.