Um porta-voz da família real britânica respondeu às acusações que o príncipe Harry fez em março, durante a polémica entrevista a Oprah Winfrey, de que tinha recebido um corte financeiro no primeiro quadrimestre de 2020 e que, para começarem a sua vida nos Estados Unidos, os duques de Sussex usaram a herança que a princesa Diana deixou a Harry – sete milhões de libras -, quantia sem a qual, garantiu o príncipe, não teriam “sido capazes de fazer isso”, referindo-se à mudança de país.
Esta quinta-feira foi publicado o documento que demonstra o balanço financeiro anual, no qual se inclui o Sovereign Grant Report, respeitante aos anos de 2020-21.
“Como todos nos lembramos, em janeiro de 2020, quando o duque e a duquesa anunciaram que iriam afastar-se do núcleo superior família real, o duque disse que trabalhariam para se tornarem financeiramente independentes”, começou por dizer um porta-voz sénior da Clarence House, citado pela revista Hello. “O Príncipe de Gales alocou uma soma substancial para apoiá-los nessa transição. Esse financiamento cessou no verão do ano passado, e o casal agora é independente financeiramente”, continuou.
O mesmo porta-voz descreveu ainda o afastamento do casal da família real como “um assunto de enorme tristeza para a família“, acrescentando que “o príncipe [de Gales] queria ajudar a que isto resultasse e alocou uma quantia substancial para o duque e a duquesa de Sussex, para ajudá-los nessa transição”. “Não traio a confiança de ninguém ao dizer que tiveram muito sucesso em tornarem-se independentes financeiramente”, afirmou ainda, citado pela mesma publicação.
O relatório demonstra que os deveres públicos de Harry e Meghan e alguns custos privados foram financiados pelo príncipe de Gales, com valores oriundos do montante de 22 milhões de libras que recebe do ducado da Cornualha. Este valor não provém dos impostos dos contribuintes, mas sim de um valor que o príncipe recebe por ser herdeiro do trono.