Numa recente entrevista para a revista Glamour, Ashley Graham revelou vários detalhes sobre a experiência de parto traumática que viveu em janeiro, ao dar à luz os filhos gémeos. A modelo de 34 anos terá sofrido uma hemorragia e perdido os sentidos.
“Quando finalmente acordei, olhei em volta e vi toda a gente. Não paravam de me dizer ‘estás bem, estás bem, estás bem’. Não queriam dizer-me, na altura, que eu tinha perdido litros de sangue. Não queriam dizer-me que uma das parteiras teve de me virar e pressionar o dedo dela mesmo acima do meu osso da vagina para tentar parar o sangramento. E não queriam dizer-me que a veia do meu braço estava sempre a colapsar e não conseguiam colocar a agulha para a oxitocina, por isso tiveram de a pôr na minha mão“, relatou.
E ainda explicou como foram os primeiros dias pós-parto: “Não pude andar por uma semana. E não saí de casa durante quase dois meses. As parteiras mantinham contacto diariamente. Acho que pensaram que eu podia ficar afetada pelo quão severos foram os acontecimentos, mas eu só lhes dizia: ‘Vocês salvaram-me. Deus salvou-me. Isto é um verdadeiro milagre“.
Após partilhar esta experiência, a modelo revelou ainda que, em fevereiro de 2021, sofreu um aborto. Teria engravidado em janeiro, no dia de aniversário do marido. “Como era a minha segunda gravidez, começou-se a notar a barriga cedo. E estávamos tão entusiasmados. Mas, no fim de fevereiro, tive um aborto. Foi devastador. Senti-a como uma das maiores perdas da minha vida até à data“, começou por explicar.
“Percebi, nesse momento, o que tantas outras mães já passaram. Eu já tinha um filho e olhar para ele era a única forma de aliviar a minha dor. Ainda assim, a dor foi tão aguda. Nem consigo imaginar o quão doloroso é para mulheres que ainda não tenham filhos e para todas as que já passaram por abortos múltiplas vezes. Ainda assim, o mundo espera que continuemos e carreguemos o nosso luto graciosamente. Eu só me lembro de desatar a chorar várias vezes, aleatoriamente, e pensar ‘Como é que mulheres por todo o mundo ultrapassam isto? Porque a minha história não é mais importante que a de ninguém’“, rematou.