“O fitness é aborrecido“, quem o diz é o Studiorise, que chega a Lisboa para ressignificar a forma como fazemos exercício físico. No número 18 da Rua Correia Teles, em Campo de Ourique, não há falsas promessas, não há julgamentos, não há pressão e não há corpos ideais. Há, sim, aulas de cycling de 45 minutos que funcionam como verdadeiras sessões de terapia.
Assim que se entra no estúdio, sente-se a boa energia. Um espaço clean, com sofás e plantas a dar-lhe um ar de “casa”. Há o merchandise da marca exposto – desde sweaters a T-shirts – e vários cubículos com os sapatos próprios para usar durante as aulas. Ao fundo, umas escadas descem para a zona dos balneários e para o local onde, verdadeiramente, a magia acontece.
A sala tem paredes escuras, vários espelhos e, claro, bicicletas. Se há algo que chama, imediatamente, à atenção, são as três velas pousadas na zona em que está a bicicleta do coach – no meu caso, o Rui. Pouco antes de começar a aula, baixam-se as luzes, deixando o espaço ainda mais escuro. Seguem-se 45 minutos à luz das velas e com uma espécie de luz ambiente avermelhada.
“Não há julgamentos“, disse-vos, ao início. E esse é um dos principais motivos pelos quais o ambiente se quer assim, pouco luminoso, mas muito intimista. Ali, naquele período, deixamos os telemóveis, as preocupações e inibições de lado e vibramos ao som das batidas das músicas (escolhidas a dedo, de acordo com o estilo de cada coach).
Precisamos de abrandar? Abrandamos. E ninguém nos vai pressionar a regressar à ação – o nosso tempo e limites são sempre respeitados. Mas motivação não falta. O Rui foi, do início ao fim, um verdadeiro coach. Passou-nos uma ótima energia, dançou, incentivou-nos a sermos nós próprios e ainda nos fez pensar. Nunca imaginei que uma aula de cycling me deixasse com as emoções á flor da pele.
Pois bem, quando a sessão se aproxima do fim, deixa de haver luz avermelhada. Ficamos à luz das velas, a ouvir o que o coach tem para nos dizer. E continuamos a pedalar. Depois, até as velas são apagadas, uma por uma, até darmos por nós verdadeiramente às escuras. Ali, em cima daquela bicicleta, fechei os olhos, senti cada palavra que o Rui disse e emocionei-me. Quem diria.
Veio o alongamento e a despedida. À saída, comentei que aquela tinha sido uma verdadeira sessão de terapia. Engraçado como não ter expectativas se pode revelar uma enorme surpresa (das boas!). Saímos cansados, de sorriso no rosto e com a certeza que qualquer pessoa que experimente uma sessão no Studiorise não resistirá a voltar.
Porque no número 18 da Rua Correia Teles, não se paga uma aula de cycling. Paga-se uma experiência da qual saímos leves e prontos para ter o melhor dia possível. Pagam-se 45 minutos de exercício liderados por artistas – desde bailarinos a atores. Pagam-se sorrisos, suor e, eventualmente, lágrimas. Paga-se a mudança num local em que o fitness é tudo menos aborrecido.
Na galeria, encontrará imagens do espaço e dos coaches. Para mais informações, visite o site Studiorise e o Instagram.