Acredito que não haja uma viva alma que prive comigo que não consiga ouvir nitidamente a minha voz na sua cabeça, quando pensa na pergunta “puseste protetor solar?”. Não sei se será cuidado, carinho, conhecimento ou mau feitio. Mas, verdade seja dita, é uma pergunta que faço muitas vezes. Faça chuva, ou faça sol. E é uma pergunta à qual se segue a enumeração de um sem fim de motivos para não prescindir da utilização deste cosmético que, fazendo parte de uma rotina de pele que há ainda quem teime em associar a vaidade e futilidade, é, efetivamente, uma medida preventiva de saúde. É! Serve esta frase ridiculamente grande para lhe explicar que, ao usar protetor solar todos os dias está – mais do que a prevenir o envelhecimento precoce da sua pele – a bendizer a sua saúde, protegendo-se diariamente da iminente possibilidade de vir a desenvolver cancro de pele.
Se, ao ler o parágrafo anterior, não conseguiu imaginar o meu dedo em riste a validar a veracidade e importância do que escrevi, peço-lhe, por favor, que volte atrás e leia de novo. Obrigada.
Aprovados com selo de garantia
Conto já com vários anos de utilização diária de protetores solares de rosto. Modos que me considero – eu e a minha modéstia – capaz de recomendar uns quantos. E, digo-lhe mais, sou até capaz de recomendar protetores solares que ultrapassam cada um dos fatores que já a imagino a enumerar para não conseguir escolher um que use diariamente. Deixam um filme branco no rosto? Temos solução. São demasiado espessos e dão muito trabalho a espalhar? Temos solução. São demasiado oleosos? Temos solução.
Começo por lhe falar num dos meus favoritos. O (1) Capital Soleil Uv-Age SPF50+ da Vichy (€21) chegou e conquistou o mercado. O único problema dele é que acaba, e – usando a quantidade recomendável de protetor solar (2mg/cm2) – acaba muito rápido. De resto, tem uma textura ultrafluida, ultraleve, invisível e não cola. Tem um acabamento natural, mas, ao longo do dia, podem notar uma oleosidade extra – à qual me submeto com facilidade, tendo em conta a fórmula com ácido salicílico e niacinamida, um extra na prevenção de borbulhas e manchas.
Falando em manchas, se elas são uma preocupação, recomendo o (2) Azelac RU Fluido Luminoso da Sesderma (€39,95). Tem um conjunto interessante de ativos despigmentantes (ácido tranexâmico, ácido azelaico, butilresorcinol, vitamina C) que fazem dele um protetor solar especialmente completo que – usado na quantidade correta, o que é perfeitamente possível com esta fórmula – pode muito bem ser o único creme a aplicar de manhã. Melhor amigo da pressa e da preguiça, portanto.
Continuando nesta lógica de poupar tempo – que é sempre um extra nas manhãs corridas – o (3) Water Fluid 50+ Color da Sensilis (€28) é o único protetor solar com cor que utilizo e, muitas vezes, permite-me saltar a utilização de base. Por ter uma textura muito fluída consegue usar a quantidade referência de produto sem ficar a parecer um Umpa Lumpa. Tem um acabamento luminoso? Tem. Muito! Mas, de novo, quando vai aplicar maquilhagem por cima a coisa resulta muito bem – digo eu e todas as pessoas que elogiam a luminosidade da minha pele quando o utilizo (e são várias).
Se o que prefere é um acabamento mate, o (4) Sun Secure Blur da SVR (€24,50) pode ser um aliado. Tem uma textura curiosa, espessa, mas fácil de espalhar. O grande diferencial é, sem dúvida, o toque seco, característico de texturas bastante siliconadas, a fazer lembrar um primer de maquilhagem. Diria que, tendo intenção de ‘tacar’ uma daquelas camadas de base de alta cobertura que deixam a pele tipo boneca de porcelana… Este é o protetor solar que precisa.
No polo perfeitamente oposto no que a texturas diz respeito, tenho de lhe falar do (5) Anthelios Uvmune Fluído Invisível da La Roche Posay (€24,80) e do (6) Vinosun Protect da Caudalíe (€20,90). São protetores semelhantes, com resultados muito parecidos. O Anthelios com uma textura extremamente líquida, a do Vinosin é um nadinha mais riquinha. Ambos com acabamento semiradiante, sem perfume e indicados para peles sensíveis. São dois exemplares dos protetores solares mais invisíveis do mercado.
No fim do dia, vale lembrar que o melhor protetor é aquele que a leitora vai usar. Seja pelo acabamento que deixa, pela textura ou pela experiência de utilização. O importante é que use um, qualquer um, com SPF 30 para cima. Quando, à sua volta, as amigas se começarem a queixar das primeiras manchas solares, saiba que resultam dos anos de juventude onde não importava nada usar protetor solar. Não seja como essas amigas. À pergunta “puseste protetor solar?” a resposta só pode ser uma: claro que sim!
*Os preços e pontos de venda dos artigos anunciados são representativos. Os preços podem variar e os produtos podem ser adquiridos em diferentes lojas (físicas ou online).
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Tudo o que precisa de saber em Beleza, pela jornalista Carmo Lico. Pele, perfumes, maquilhagem e cabelo: as novidades, os indispensáveis e os que o vão passar a ser, assim que os conhecer.