Quando duas pessoas vão viver juntas existem decisões que têm que ser tomadas. Se vão casar ou não, se vão ou quando é que vão ter filhos, se querem um cão, um gato, como vai ser a decoração da casa, entre muitas outras. Em relação ao dinheiro, também existem decisões a tomar e, acima de tudo, a respeitar.
Vamos ter conta conjunta ou separada? Vamos optar pelo modelo misto? Queremos adquirir bens comuns? Vamos fazer uma poupança conjunta? O dinheiro é um dos temas mais sensíveis entre casal, pelo que seja qual for a decisão, o mais importante é respeitá-la e cumpri-la.
Na gestão financeira entre o casal não há espaço para romantismo, mas existem outras características que não podem faltar, como a transparência, o respeito, o diálogo e a organização.
No caso das contas conjuntas, é importante perceber que não existe o meu e o teu, apenas o nosso. Ter uma conta conjunta permite uma melhor gestão da vida financeira, uma vez que não existem segredos. Esta gestão baseia-se na confiança, na transparência e na responsabilidade partilhada. Além disso, permite poupar em comissões e outras burocracias. Mas, atenção, existem diferentes modalidades, pelo que o melhor é tomar uma decisão consciente, recorrendo a especialistas em finanças pessoais que poderão apresentar todos os prós e contras de todas as opções.
Uma outra opção muito recorrente é a mistura de tipo de contas. Ou seja, cada membro do casal mantém a sua independência financeira, ou seja, uma conta individual, mas têm uma conta conjunta para as despesas comuns. Neste caso, e para evitar conflitos, as regras devem estar bem definidas. Deve estar bem explicito para ambos, quais as despesas alocadas à conta conjunta e quais as despesas que não estão incluídas.
Para quem prefere manter tudo separado a regra base é a mesma. Tomar decisões, dividir despesas e respeitar o acordo para evitar problemas futuros. Mas, contas separadas não significa que o património de ambos esteja separado. Existem responsabilidades, objetivos e regras comuns, tal como em qualquer das restantes modalidades.
Sejam conjuntas, mistas ou separadas o importante é que as decisões sejam tomadas a dois, que exista diálogo, honestidade e confiança e que seja o modelo mais confortável, justo e adequado a ambas as partes.