
Toda a gente sabe: as crianças de agora vivem num mundo muito diferente daquele em que os pais cresceram. Têm de andar permanentemente a 200 à hora, vêem séries onde pais e professores são desvalorizados, cresceram a pensar que a adolescência é aquela fase da vida em que se tem carta branca para ser rebelde, e muitos deles são os reis da casa.
Os pais chegam tarde a casa e acham que a missão de educar é da escola, a escola tem mais que fazer do que ensinar boas maneiras, e aí temos uma geração que não sabe para que é que serve um ‘obrigado’, e a quem nunca passará pela cabeça levantar-se num autocarro para dar lugar a uma velhinha…
Claro que, se observarmos bem, os adultos fazem exactamente a mesma coisa: quantos deles seguram a porta para outra pessoa passar? Quantos agradecem quando alguém, por exemplo, os deixa entrar numa fila de trânsito? Com pais assim, é difícil que as crianças cresçam um primor de delicadeza.
Indignada com esta situação, uma mãe de família americana, Corinne Gregory, decidiu criar um site para aumentar o nível de educação de adultos e crianças. Em http://www.politechild.com/ enumera algumas regras para uma criança bem-educada:
– Antes de mais, explicar-lhes o porquê das boas maneiras: a educação significa estar atenta aos sentimentos dos outros e tratá-los como gostaríamos de ser tratados. Crianças educadas dão-se melhor na vida, e têm mais sucesso emocional e profissional quando crescem.
– Não passe a vida a dar-lhes ordens: a etiqueta também tem de ser exercida de pais para filhos e não apenas de filhos para pais.
– Mesmo os mais pequeninos podem ser ensinados a dizer ‘por favor’ e ‘desculpe’. Nunca é cedo para ensinar boas maneiras: mesmo quem não sabe escrever pode fazer um desenho de agradecimento à avó.
– Não critique as crianças em público, mas elogie o seu bom comportamento. A regra é: elogie em público, critique em privado.
– Chame-lhes à atenção para as necessidades dos outros: um colega dele está doente? Icentive-o a ligar-lhe. O pai parece chateado? Segrede-lhe que o faça rir. Explique-lhe o fantástico poder que ele tem de tornar melhor a vida dos outros.