Tem o seu bebé (ou o bebé de outra pessoa, aqui é indiferente.) ao colo? Parabéns. A tendência é para assumir os seguintes comportamentos:
. Falar ‘à bebé’ Toda a gente sabe o que é e toda a gente o faz. Em frente a uma criança pequenina ninguém fala com voz de ministro. Ninguém chega ao pé de um berço e atira, em voz ressonante: ‘Então diga lá, Tiago Afonso, como é que lhe está a correr o dia?’ A pessoa mal deu por si e já está a ‘chilrear’ no tom mais agudo que consegue, a arrastar a fala, a marcar as vogais. E não, não é uma mania inútil. Muito antes de um bebé conseguir perceber uma palavra, consegue perceber um tom. Pode não entender o significado da palavra ‘amorzinho’, mas se o disser com a entoação certa, ele irá perceber. Além disso, há estudos que mostram que os bebés são mais sensíveis aos sons agudos. Quanto ao falar mais devagar, fazemo-lo instintivamente, para que eles aprendam as palavras.
Pegar-lhe ao colo: Segundo um estudo do site www.parenting.com, o instinto de embalar e cantar a um bebé é universal. Mas qual é a razão científica para isso? Parece que o movimento suave activa o sistema vestibular do bebé ou seja, a sua noção de espaço. É a mesma razão por que, quando são muito pequeninos, se sentem por vezes desconfortáveis num berço demasiado grande, que não lhes dá a sensação de conforto que tinham no útero da mãe. Nos braços da mãe, um bebé não se sente tão ‘perdido’. Dica para recém-mães: segundo o parenting.com, é mais efectivo embalá-lo para cima e para baixo do que de um lado para o outro.Pegue nele ao alto, de encontro ao ombro, e baixe os joelhos, o que, além de acalmar o bebé, é um óptimo exercício para a mãe. Claro, também pode levá-lo a passear de carro, não é.
Ligar a máquina de lavar: E não é para lhes lavar a roupa. Quem nunca carregou no botãozinho, em desespero de causa, quando o bebé não consegue dormir que atire a primeira fralda! Segundo o livro ‘What to Expect: The First Year’ (qualquer coisa como: ‘O Que Esperar do Primeiro Ano’, uma espécie de bíblia das mães americanas), um som ‘branco’ (rítmico, constante e sem melodia) recorda ao bebé os sons abafados que ouvia no interior do útero e acalma-o. Também costumam gostar de aspiradores, relógios, do som do mar (se vive ao pé da praia está cheia de sorte!) e daqueles CD especialmente feitos para eles dormirem.
Fazer caretas: Assim que chegamos ao pé do berço, arregalamos os olhos, rimos descontroladamente e os mais dotados chegam mesmo a conseguir mexer as orelhas! Qualquer de nós é um palhaço profissional em frente de uma criança pequena. E, pelos vistos, com razão: os bebés vêem muito mal nos primeiros tempos, e expressões exageradas tornam mais fácil focar um rosto humano. Podemos pensar que é triste que a primeira coisa que vejam seja uma careta, mas eles, pelos vistos, não se importam. Conclusão: continue a dar espectáculo, que está a agradar.
IMPOSSÍVEL RESISTIR
Os antropólogos admitem que o aspecto ‘fofinho’ dos bebés (claro que ‘fofinho’ não é termo de antropólogo, mas todas as mães, avós e tias percebem o que significa) é que faz com que nos apaixonemos por eles. Os bebés humanos precisam dessa imensa capacidade de sedução: são as crias que dependem dos pais até mais tarde. Ficamos capazes de defendê-los de tudo. Ou pior: somos capazes de nos levantar consecutivamente às 3 da manhã. E às 4. E às 5. É preciso serem mesmo muito, muito, fofinhos!