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Os avós costumavam mimar os netos com doces. Agora, fazem-no com ecrãs.
Esta é a conclusão de um novo estudo, publicado na revista científica Journal of Children and Media, que diz que os mais novos passam metade do tempo da visita entretidos com aparelhos eletrónicos.
Investigadores da Rutgers University, nos Estados Unidos, e da Ben-Gurion University, em Israel, estudaram crianças com idades entre os 2 e os 7 anos e descobriram que durante cada visita de quatro horas, estas passavam uma média de duas a jogar ou a ver vídeos em dispositivos como, por exemplo, tablets, computadores ou telemóveis.
No geral, os avôs são mais fáceis de persuadir que as avós, permitindo que os jovens brinquem com os gadgets durante períodos mais longos, diz o trabalho com base no reportado pelos 356 adultos que tomavam conta dos netos pelo menos uma vez por semana.
E as conclusões não ficam por aqui. Os rapazes passam mais tempo em frente a ecrãs do que as raparigas – cerca de 17 minutos mais por visita – e, em média, as crianças com 6 a 7 anos são as que mais usam dispositivos de vídeo. Do outro lado do espectro, estão aquelas com idades entre os dois e os 3 anos.
Os autores do trabalho sugerem que os avós estabeleçam regras, incluindo limitar o tempo passado em frente a ecrãs para uma hora e proibir o uso de aparelhos às refeições, bem como antes de dormir.
“Os avós desempenham um papel significante em criar os netos. Temos de educá-los sobre o impacto dos meios de comunicação nas vidas das crianças e sobre o uso apropriado que vai beneficiar o bem-estar dos seus netos,” diz Dafna Lemish, co-autora do estudo, ao News-Medical.net. “Estas descobertas levantam preocupações acerca do uso de media das crianças pequenas quando estas estão ao cuidado dos avós.”