Um quarto (27%) dos gamers a nível mundial têm vergonha de dizer aos pais quanto tempo passam a jogar. Esta é uma das conclusões de um estudo recente da Kaspersky.
A investigação foi realizada pela consultora Savanta em novembro deste ano e analisou dados sobre gaming em 17 países, contando também com a participação de um total de 5.000 inquiridos. O trabalho revela que a dinâmica entre jogadores e pais mudou bastante ao longo dos anos e refere o que pode ser feito para quebrar barreiras e estigmas.
De acordo com os autores, os gamers escondem o número de horas que passam a jogar pelo estigma do gaming ser “mau para a saúde” (61%) ou por “não ser positivo para o nosso cérebro” (42%), por exemplo.
“Os jogos têm proporcionado um enorme consolo e o alívio do stress, tendo sido uma companhia para alguns neste ano difícil. Mas são também o maior enigma cultural desta geração: muitas das perceções negativas são contraproducentes tanto para a resolução dos seus desafios, como para a criação de laços familiares”, revela Andrew Winton, Vice-Presidente de Marketing da Kaspersky.
A maior deceção para os participantes é que embora os progenitores apreciem algumas valências desenvolvidas no gaming – como a criatividade (44%), as habilidades sociais (32%) e a resolução de problemas (31%) –, não são capazes de partilhar com esta paixão, principalmente porque os jogos e os elementos sociais inerentes aos mesmos são diferentes de outros hobbies, como o cinema ou a música. De facto, metade dos inquiridos (46%) acredita que se os seus pais também jogassem, a sua relação seria melhor.