Vários comportamentos podem causar dano a uma relação – e é por isso que o conceito de “personalidade tóxica” é tão difícil de definir. Porém, de acordo com a psicóloga Dianne Grande, há quatro principais padrões “perigosos” que podem predizer uma relação pouco saudável. Conheça-os e esteja atenta!
1. Comportamento agressivo frequente
Este é um dos mais óbvios. Inicialmente, a agressão pode até não ser dirigida ao parceiro(a). Porém, viver com uma pessoa tendencialmente agressiva, que tem uma postura constantemente irritada e impulsiva, pode tornar os dias stressantes e imprevisíveis. A longo prazo, pode mesmo deixar de ser seguro.
Esta agressividade pode também traduzir-se em ameaças. Por exemplo, se as discussões acabam sempre com a pessoa a ameaçar ir embora, ou mesmo se ficam dias seguidos sem sinais de resolução. Uma relação saudável não deve implicar receio de dizer ou fazer algo e receber uma reação intimidante em troca.
2. Falta de empatia ou remorso
É um mau sinal quando a pessoa que tem ao lado não consegue partilhar a tristeza do outro. Se não há empatia, dificilmente haverá uma ligação profunda e verdadeira. A pessoa deve ser capaz de dizer “consigo perceber porque é que te sentes assim em relação à situação”.
Um outro sinal pouco benéfico é quando o outro não é capaz de pedir desculpa ou mostrar remorso genuíno quando as suas ações magoaram a pessoa que tem ao lado, mesmo que não tenha tido má intenção. Podem também não mostrar qualquer tipo de culpa quando fizeram a outra pessoa sentir-se mal.
3. Manipulação e engano
Mentiras ou distorções frequentes da realidade podem ser sinais de uma personalidade tóxica. É um mau sinal quando a outra pessoa nos faz questionar a nossa própria sanidade, por exemplo, ao distorcer os factos de tal forma, a seu favor, que nos perguntamos se realmente o que aconteceu não terá mesmo sido assim e não como nos lembrávamos.
4. Problemas com regras
Quando o outro quer que tudo seja feito à sua maneira, sem qualquer respeito pelas preferências do parceiro. Este é um padrão controlador e perfeccionista. Pode também surgir sob outra forma: quando a pessoa não aceita cumprir regras, quando acredita que estas não se aplicam ao próprio comportamento, acreditando ser superior a elas. No extremo, pode mesmo traduzir-se em alguém que não respeita a lei e tem comportamentos criminosos.
Em resumo, se vive ou convive regularmente com alguém com grande parte destes traços, é aconselhável que fale com alguém de confiança ou com um profissional de saúde mental. Estes poderão dar-lhe a perspetiva necessária para que possa lidar com a situação da forma que for mais penéfica ao próprio bem-estar.