Uma relação, independentemente da natureza, não pode ser unilateral. Essa é uma lição que a maioria das pessoas aprende com o passar do tempo, mas, ainda assim, é possível magoar outra pessoa devido à falta de comunicação. E é aqui que entra a responsabilidade afetiva.
A expressão faz referência a quando alguém se responsabiliza pelas expectativas que cria nos outros, quer a relação seja amorosa, de amizade, familiar ou profissional. “Em termos mais amplos, significa comunicar de uma maneira direta e franca, respeitando acordos e não expondo o outro a situações desagradáveis ou constrangedoras”, explica a psicóloga Adriana Nunan ao jornal O Estado de S. Paulo.
Uma vez que estamos a falar de um conceito que tem a ver com transparência, respeito pelo próximo e, sobretudo, com empatia, a falta de responsabilidade afetiva fica evidente quando existem mentiras, traições (não só sexuais, mas todos os tipos), comportamentos egoístas e agressões psicológicas. Ou seja, envolve expor alguém a um sofrimento desnecessário e que poderia ter sido evitado, caso o perpetrador tivesse tido o mínimo de cuidado e respeito, acrescenta a especialista.
Como ter mais responsabilidade afetiva? É simples: basta não fazer aos outros aquilo que não gostaria que lhe fizessem. “Caso não consiga fazer isso, converse, pergunte como o outro se sente. Pode surpreender-se com as respostas”, aconselha a psicóloga Adriana Nunan.