Acorda todas as manhãs com pavor de ir trabalhar? Se sim, pode ser uma das muitas pessoas em todo o mundo que sofrem com sintomas da síndrome de burnout. Um distúrbio emocional que pode fazer com que as tarefas que em tempos realizava sem problemas agora pareçam batalhas épicas.
Paula Davis-Laack, especialista em stress e resiliência, explica na revista Psychology Today que uma boa parte dos afetados não entende o que está a acontecer e, por conseguinte, a situação acaba por piorar. No mesmo artigo, esclarece os principais mitos sobre o burnout:
- É sinónimo de fraqueza. Quando estamos exaustos e a sentir muitas emoções negativas, é fácil tornarmo-nos cínicos e castigarmo-nos injustamente. Questionamos tudo, desde a nossa competência até à sanidade;
- A superação requer fazer grandes mudanças. Um dos maiores medos de quem sofre um burnout é ter de deixar o emprego. Porém, muitas pessoas ainda gostam do que fazem — só precisam de fazer alguns ajustes como, por exemplo, estabelecer limites em torno de seu tempo e energia, e construir resiliência ao stress.
- Tem de ser mantido em segredo. Se tiver um burnout, é provável que outras pessoas se apercebam. Se não puder falar com o seu chefe sobre o assunto, converse com um amigo, um coach, a sua cara-metade ou um profissional de saúde. Existem pessoas que podem e querem ajudar, mas tem de dar o primeiro passo;
- Basta ir de férias para ficar curada. Embora os níveis de burnout diminuam durante as férias, eles geralmente voltam ao que eram dentro de uma ou duas semanas após o regresso ao trabalho;
- É o mesmo que estar deprimida. A crença predominante é que cerca de 20% dos casos de burnout podem ser explicados pela depressão e vice-versa. Ou seja, em 80% das vezes, outros fatores entram em jogo.