
Todos os casais têm desentendimentos. No que diz respeito a este assunto, é importante entender a origem da situação difícil para, depois, averiguar se há uma solução.
De acordo com o Instituto Gottman, que estuda relações interpessoais há mais de quatro décadas, as parcerias afetivas enfrentam três tipos de problemas. Os especialistas começam por mencionar os problemas solucionáveis, que são sempre sobre coisas situacionais. O conflito resume-se a esse tópico e pode não haver um significado mais profundo por detrás da posição de cada parceiro. Como tal, uma solução pode ser encontrada e mantida.
Seguem-se os problemas perpétuos, que se centram em diferenças fundamentais nas personalidades ou necessidades de estilo de vida dos parceiros. Todos os casais têm este tipo de conflitos, que, ao contrário dos solucionáveis, são revisitados vezes e vezes sem conta. Por fim, temos os problemas perpétuos bloqueados. Um conceito que descreve problemas perpétuos que não foram encarados da maneira correta e, por conseguinte, transformaram-se em algo “desconfortável”. Quando dois companheiros tentam discutir um tópico bloqueado, pode parecer que ambos andam às voltas e não chegam a lugar nenhum. A natureza do impasse é que existem agendas ocultas por detrás da questão.
De acordo com o instituto, o que importa não é resolver problemas perpétuos, mas sim o tom com que estes são discutidos. O objetivo deve ser estabelecer um diálogo que comunica aceitação mútua com humor, afeto e até mesmo diversão, para lidar ativamente com o problema insolúvel, em vez de permitir que ele caia na condição de impasse.