O sexo significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Para algumas, é uma experiência altamente emocional. Para outras, é uma atividade corporal relacionada com o prazer físico. Quer isto dizer que a carga emocional que o ato em si acarreta (ou não) pode ser uma discussão controversa, uma vez que aborda os nossos ideais sobre o tema.
A sexóloga Leigh Norén explica no seu blogue pessoal que as emoções são sistemas que têm várias funções diferentes, sendo que uma delas é motivar-nos a fazer certas coisas. “Podemos pensar nelas como bússolas que nos orientam, dando-nos informações e dizendo-nos como agir, com base nessas informações”.
Dependendo da emoção que estamos a sentir, somos incentivados a agir de formas específicas. Por exemplo, quando estamos tristes, podemos sentir vontade de chorar; quando estamos com raiva, podemos querer defender-nos; e quando estamos felizes, podemos querer comemorar. O mesmo aplica-se à vida íntima. Para termos vontade de fazer sexo, precisamos de sentir a *emoção* do desejo sexual. “Sem esta emoção, o sexo não acontece (pelo menos não de uma forma que sabe bem e prazerosa, que deve ser o objetivo”, sublinha a especialista.
Isto significa que o sexo sem emoções não ocorre de fato, porque mesmo no sexo que não queremos ter, continuamos a sentir coisas. “Sentimos raiva, medo, talvez preocupação, vergonha e culpa. As nossas emoções são uma parte de nós que não podemos descartar”, conclui a Dra. Norén.