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Ao contrário do que nos ensinam as histórias de amor clássicas, amar não é um drama. “Parto da premissa de que amar não é sofrer e de que temos o direito de ser felizes”, defende Walter Riso. “Este é o bem supremo que ninguém pode tirar-nos, mesmo em nome do amor.” Ou seja, aguentar até quando? Isso, cada um decidirá.

O Teatral
Como distingui-lo: “Amar uma pessoa teatral é como ser arrastado por um furacão de grau 5”: tudo é intenso e exagerado. O amor sossegado tipo ‘ai amorzinho vamos ali apanhar um bocadinho de sol em frente ao rio e beber um chazinho e comer uns scones’ para eles não é amor que se veja. Se estão em frente ao rio, é para se atirarem lá para dentro, e o pior é que arrastam a outra pessoa com eles sem colete de salvação.
Vivem do olhar dos olhos: se não lhes ligam, sentem-se um caco. “Se são o centro das atenções, querem mais. Ou seja: o grau de atração mede-se pela atenção conseguida.” Problema: por muito que o outro se esforce, o teatral vive insatisfeito.
Porque nos deixamos enredar: Porque toda a gente gosta de atenção e o teatral é um sedutor nato.
Como sobreviver: Pense que está a educar uma criança pequena. O teatral tem de perceber que nem sempre pode ser o centro das atenções, que a outra pessoa precisa do seu espaço pessoal, que a solidão não é sinónimo de desamor, e que é possível julgar-se pelo que de facto é e não pelo que aparenta ser.

O Paranoico
Como distingui-lo: Este é o amor em estado de guerra. A sua máxima já está definida, e não é animadora: “As pessoas são más, e se baixarmos a guarda, magoam-nos.” Claro que a pérfida Humanidade inclui a família.
Ser amado por um paranoico é como ser amado por uma esquadra inteira da polícia judiciária e passar a vida a prestar provas da sua inocência de um crime que não cometeu (mas que às vezes, ai às vezes…)
Porque nos deixamos enredar: Porque confundimos sentido de posse com amor, e comove-nos que o coitado não possa viver sem nós. No fundo agrada-nos causar tanto desvario no coração de alguém.
Como sobreviver: Hmmm. Se não entra no jogo dele, será complicado. “Tudo será usado contra si, o que não deixa muita margem para negociações.” Ou seja, se não há confiança, não há relação sã. O paranoico deve aceitar correr os riscos normais de qualquer relação, o problema é que um paranoico por definição não fará isto… Esqueça o diálogo construtivo: é como chover no molhado.

O Passivo-Agressivo
Como distingui-lo: São queridos, giros e fofinhos, o problema é que, basicamente, não servem para nada. O seu maior problema: “Tu não respeitas o meu ritmo.” Escusado será dizer que o ritmo dele é ali para os lados do devagarinho. Ao mesmo tempo, não é o devagarinho alentejano, bem humorado e sábio: é o devagarinho como quem quer castigar os outros. Ah, tu queres que eu pague a conta da eletricidade? Pois não pago. Agora olha. Acende a vela, se quiseres.
Porque nos deixamos enredar: Porque ao princípio ele parece muito boa pessoa e a nós o que nos fazia falta era uma pessoa calma. Mas quando a calma é uma forma de vingança, deixa de ser calma…
Como sobreviver: Não se deixar arrastar pelo seu pessimismo militante, que é uma forma de não fazer nada. Como resistir? Não lhe peça coisas que já sabe que ele não vai fazer, defenda os seus direitos e trate-o como uma pessoa adulta, mesmo quando ele fizer birra…

O Egocêntrico
Como distingui-lo: É o que nunca olha verdadeiramente para os outros. Bem-vinda ao reino dos satélites: este não conversa, monologa sempre sobre ele próprio, o seu trabalho, os seus sucessos. Estar com ele ou estar sozinha, às vezes até se estava mais acompanhada sozinha. “O paradoxo é que, quanto mais amar um narcisista, mais alimentará o seu sentimento de grandiosidade e mais ele se afastará de si.” Claro que quando se zanga o verniz estala e vê-se logo que educação tem muito pouca. Para o resto do mundo, é um malcriado. Para si próprio, é uma pessoa com muita personalidade.
Porque nos deixamos enredar: Porque somos todos como as crianças e os cucos, gostamos das coisas que brilham…
Como sobreviver: Não tente ‘reeducá-lo’, porque um narcisista não aprende (já sabe tudo). Quando ele ladrar, ladre de volta. Não elogie, vista-se como muito bem lhe apetecer, e, basicamente, não entre no jogo. Se ele não gostar, problema dele.

O Perfeccionista
Como distingui-lo: Nunca está contente: ou é a toalha que está torta, a comida que está fria, o bebé que chora demais ou o dia que deu em chuvoso. “Qualquer desculpa é boa para lembrar o outro que está longe de alcançar o nível de eficiência esperado.” Claro que é só uma questão de tempo até o outro se esgotar, ou perder a paciência, e deixar o perfeccionista sozinho entre tanta perfeição…
Porque nos deixamos enredar: É o eterno fascínio do ‘bom partido’…
Como sobreviver: Cometa os erros que tiver de cometer sem se desculpar nem prometer que vai melhorar. Quem tem de melhorar, humanamente, é ele. Pormenor: o perfeccionista pode não aguentar a estocada e acabar a relação. É que, para ele, a ordem é mais importante que o amor…

O ‘Borderline’
Como distingui-lo: Impulsivo, instável, contraditório, inseguro, autodestrutivo. Bem-vinda ao amor no caos: este homem ama e odeia ao mesmo tempo. Amá-lo é estar no centro de uma explosão afetiva que não conhece a sua própria direção. Se temos autoestima, sentimo-nos merecedores de amor e aceitamo-lo. Mas se não há autoestima suficiente e o nosso ‘eu’ não está bem estruturado, não confiamos nesse amor e não o devolvemos. O que mais teme é que a amada o abandone, mas ao mesmo tempo faz tudo para que isso aconteça, só para poder dizer: “Vês, vês, eu sempre soube que me ias deixar…” Pudera… Como os companheiros nunca são suficientemente perfeitos, a frustração faz disparar a fúria.
Porque nos deixamos enredar: Nunca subestimem o poderoso efeito da adrenalina.
Como sobreviver: Respirando fundo… Mas quem não tenha a ideia do amor como a de sacrifício e sofrimento, vai ter dificuldade em adaptar-se, porque este tipo precisa de ajuda profissional especializada.

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