Alguma vez se sentiu emocionalmente apegada a um amigo colorido depois de se envolverem fisicamente? Não está sozinha. O sexo pode ser uma expressão de amor, mas também uma forma de criar amor.
De acordo com a terapeuta sexual Leigh Norén, em primeiro lugar, tudo se resume à biologia. Conhecida como a hormona do amor ou do carinho, a oxitocina é a grande responsável pela conexão e pelos laços. É liberada através do toque — quer seja sexual ou não — e, por conseguinte, a intimidade com um perfeito estranho pode levar a sentimentos de apego e conexão desde muito cedo.
Outro fator importante será a cultura ocidental, que fala do sexo como uma parte do amor, até mesmo quando o explicamos à crianças. “Talvez essa seja uma das razões pelas quais o sexo causa apego emocional. Esperamos que assim seja”, explica a especialista no seu blogue pessoal. A fechar a lista, temos a Psicologia. Isto porque o sexo oferece uma forma de nos conectarmos com outras pessoas “e pode ajudar-nos a sentir intimidade emocional”; acrescenta.
No entanto, para isto acontecer, o sexo tem de ser satisfatório.“Uma experiência ou sexo desagradável, por exemplo, que não consentimos, não é igual a apego”, sublinha Norén. Em alguns casos, as relações sexuais não passam de uma atividade divertida; de uma forma de libertar stress, de saciar uma atração instantânea ou um apetite sexual forte. E é aqui que entra o sexo casual. “Muitas pessoas fazem sexo que não leva a um elo duradouro – ou até mesmo a uma segunda experiência juntos”.
Como acontece com a maioria dos fenómenos sexuais, sentir-se próxima (ou não) de alguém depois do sexo é uma questão muito individual. “A nossa relação com o sexo varia, dependendo de quem somos, do sexo que fazemos e do significado que atribuímos ao sexo”, conclui a mestre em Sexologia.