Por muito competente que sejamos, a maneira como nos comportamos com os nossos superiores e colegas pode pôr em causa o nosso emprego. Veja os cinco comportamentos mais comuns a evitar:
Mania da superioridade
Problema: Existem pessoas que, por serem muito competentes, ou por se considerarem melhores que os outros, acham que não precisam de ser simpáticas para ninguém. Acham-se o centro do mundo, dão palpites acerca de tudo e interrompem as conversas dos outros, nunca os deixando concluir as suas ideias.
Esta atitude, para além de poder resultar no isolamento social de quem a pratica, faz com que a ascensão na carreira seja mais difícil.
Solução: Caso não consiga compreender o que está na origem deste sentimento de superioridade, poderá consultar um psicólogo que a ajude a encontrar uma forma de contornar o problema e a aprender gradualmente como ser agradável com os outros e a estabelecer relações de amizade. Esta mudança poderá facilitar a sua integração na equipe e, consequentemente, melhorar o seu bem estar.
Deixar tudo para depois
Problema: Podem ser várias as razões que fazem com que as pessoas ‘deixem para amanhã o que podem fazer hoje’: porque pensam que o seu trabalho não é reconhecido; ou são demasiado sociáveis e atrasam a realização das tarefas por se distraírem a falar com os colegas ou a fazer telefonemas pessoais; ou são os perfeccionistas e nunca estão satisfeitos com o que fazem, e ainda os inseguros ou indecisos, que adiam decisões ad eternum.
Solução: Poderá passar por estabelecer prazos e aprender a definir uma correcta ordem de prioridades. Saber gerir a agenda torna-se uma arte… por exemplo, ajuda marcar na agenda prazos que antecedam os reais em alguns dias, para obrigar o atrasado crónico a apressar-se. Com a ajuda das novas tecnologias tudo fica mais fácil: a agenda do seu computador pode enviar-lhe mensagens sempre que se aproxima o dia ou a hora de um compromisso ou tarefa, contornando a principal desvantagem dos ‘post-its’ ou outros papéis com lembretes, que podem perder-se com facilidade. Caso conclua que necessita de ajuda para se auto-organizar, estão disponíveis no mercado cursos de ‘Gestão de Tempo’ que fornecem directrizes eficazes nesta matéria.
Elogios a metro ao chefe
Problema: Bajular descaradamente os chefes ou patrões pode ter como consequência a antipatia dos colegas e a desconfiança do patrão, que o mais certo é perceber que está a ser vítima de tentativa de manipulação.
Geralmente, estas pessoas aproveitam para fazer intrigas, mentir, espalhar boatos ou expor comentários que lhes foram feitos em particular, tudo para conseguir controlar as situações em que se encontram e passar à frente dos outros através desta autopromoção junto da hierarquia.
Solução: As pessoas que se comportam desta forma revelam falta de autoconfiança e de crença nas suas competências profissionais, recorrendo a estratagemas que lhes parecem fáceis para subir na carreira sem grande esforço. Possivelmente, por alguma razão da sua história pessoal ou profissional não se importam de prejudicar os outros para se autopromoverem. A solução terá de passar por uma profunda análise de consciência e de ponderação destas atitudes, tendo em atenção que qualquer mudança só é possível quando existe verdadeira vontade.
Ser muito opinativa e demasiado directa
Problema: Existem algumas pessoas que fazem questão de dizer tudo o que pensam. Fazem-no constantemente, até porque consideram que só assim são honestas e correctas e podem chegar a ter atitudes desagradáveis. Críticas despropositadas e destrutivas vão fazer com que o seu chefe ache que está a questionar a sua autoridade e também que os seus colegas julguem que tem a mania que é mais que os outros.
Solução: Não é preciso que todos conheçam as nossas opiniões, principalmente se não as pediram. Em muitas situações, o melhor a fazer é omitir os pareceres pessoais no local de trabalho. Se for indispensável dizer uma verdade a alguém, devemos fazê-lo com discrição para que não magoemos a pessoa em causa. Não se trata de ser dissimulado, mas sim de ser diplomático e respeitar os sentimentos dos outros.
As críticas sobre maneira de ser ou estar, devem ser evitadas a todo o custo e ser reservadas apenas para a família ou amigos íntimos pois ninguém gosta de ser criticado, muito menos no que diz respeito ao seu gosto e às questões de ordem pessoal. O importante é que cada um se sinta bem consigo próprio. Já pensou que aquela roupa que acha ridícula pode ser motivo de orgulho para quem a usa?
Falar sem pensar
Problema: Fazer confidências sobre a vida pessoal aos colegas também pode ter consequências negativas, pois se estes não souberem guardar segredo toda a gente ficará a conhecer a sua intimidade.
Solução: Esqueça o conceito de ‘conversas off the record’. Isso não existe, a menos que esteja a lidar com um amigo de há muitos anos, em quem já tenha confiança suficiente para saber que pode contar. As relações laborais podem ser pautadas pelo respeito mútuo, companheirismo e simpatia, mas não são necessariamente de amizade.
Espalhar rumores ou conversas alheias tem quase sempre maus resultados e pode prejudicar gravemente a imagem de uma pessoa, inclusivamente a sua. Tente refrear a necessidade de comentar situações extra profissionais dentro do ambiente de trabalho. Verá que o tempo rende mais e as suas opiniões passarão a ser mais respeitadas. Há que fazer a separação entre a vida privada e a vida profissional, que por serem próximas tendem a confundir-se. Pode até ter uma colega que, por coincidência, também é sua amiga, mas cada um destes papéis terá de ser reservado para o local próprio. A confusão entre estes dois domínios poderá ser prejudicial para qualquer deles.